domingo, 20 de abril de 2025

Chefe da ONU está 'seriamente preocupado' com ataques dos EUA no Iêmen

 Ataques podem ter deixado pelo menos 80 mortos

Chefe da Onu manifestou preocupação com ataques dos EUA | Foto: CARLOS COSTA / AFP


O secretário-geral da ONU, António Guterres, está 'seriamente preocupado' com os bombardeios dos Estados Unidos em um porto petroleiro no Iêmen, informou um porta-voz neste sábado (19), depois que os rebeldes huthis reportaram pelo menos 80 mortos nos ataques.

'O secretário-geral está seriamente preocupado com os bombardeios realizados pelos Estados Unidos durante 17 e 18 de abril em e ao redor do porto de Ras Isa que, segundo informes, deixou dezenas de vítimas civis, entre elas cinco trabalhadores feridos', disse, em um comunicado, o porta-voz Stéphane Dujarric.

Os comandos militares americanos afirmaram que o alvo de seus ataques contra as instalações do porto estratégico no Iêmen foi 'enfraquecer a fonte do poder econômico dos huthis', que controlam grandes extensões do empobrecido país da península arábica.Este foi o ataque mais mortal dos Estados Unidos contra os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã.Guterres expressou temores pelos danos que o porto teria sofrido e um 'possível vazamento de petróleo no mar Vermelho', acrescentou Dujarric na nota.

O chefe da ONU também fez um apelo aos huthis para suspenderem 'imediatamente' sua ofensiva atual com mísseis e drones contra Israel e embarcações comerciais que navegam pela região.Os Estados Unidos lançam bombardeios quase diários desde 15 de março para tentar acabar com a ofensiva que os huthis realizam contra navios mercantes e militares nestas águas, estratégicas para o comércio mundial.

Os rebeldes iniciaram seus ataques no fim de 2023, em apoio aos palestinos da Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre o movimento islamista Hamas e Israel.Às vezes, eles também tentam atacar diretamente o território de Israel, cujo exército anunciou, na sexta-feira, ter interceptado um míssil procedente do Iêmen. Segundo o porta-voz, Guterres está 'profundamente preocupado' com a ameaça de uma escalada na região, e voltou a reiterar seu pedido para que as partes exerçam 'a máxima moderação'.

AFP e Correio do Povo

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