Relatório da Associação Internacional de Integridade nas Apostas Esportivas indica que volume de apostas chegou a R$ 56 mil
A maioria das apostas feitas em torno de um cartão amarelo para o atacante Ênio, do Juventude, no jogo contra o Vitória, pela estreia do Brasileirão, foi feita por usuários com contas recém criadas. Essa é um dos fatores que colaboraram para que operadoras tenham disparado um alarme com suspeita de manipulação de resultados e que consta no relatório elaborado pela Associação Internacional de Integridade nas Apostas Esportivas (Ibia, na sigla em inglês). As informações são do site GE.
Desde o final da semana passada, o jogador está afastado, sob o argumento de uma negociação com o exterior, ainda que o Juventude não tenha informado para qual clube. O clube de Caxias do Sul, aliás, ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. A única fala foi do técnico Fábio Matias, que após a derrota para o Botafogo, admitiu o clube ter sido informado sobre o caso na quinta-feira à noite. A CBF também não fala oficialmente sobre o caso.
99% das apostas para cartão amarelo foram para Ênio
O documento da Ibia foi enviado à CBF na semana passada. Na sequência, foi encaminhado tanto para o Ministério Público quanto para a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O texto cita que, a partir de 111 usuários, R$ 56 mil foram feitos em apostas. O volume causou estranheza, já que 99% das apostas em torno de cartão amarelo foram feitas para Ênio. Todas as apostas eram no sentido do jogador receber um cartão amarelo, o que de fato aconteceu aos 36 minutos do primeiro tempo. De acordo com a súmula do árbitro Paulo Cesar Zanovelli, a punição se deu em função de reclamação.
Pelo menos cinco casas de apostas indicaram movimentação suspeita em relação ao jogo. As apostas foram feitas majoritariamente no Brasil, mas também há movimentos feitos a partir da Europa. Em um das casas, inclusive, os apostadores tentaram superar o limite permitido em valores, mas acabaram barrados.
Correio do Povo
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