Corrupção passiva e lavagem de dinheiro motivaram os cárceres; dois dos chefes do Executivo já foram soltos
Desde a redemocratização em 1988, o Brasil já teve três dos seus presidentes da República presos. Corrupção passiva e lavagem de dinheiro motivaram os três episódios. Dois dos representantes já foram soltos.
Relembre os casos:
Lula (PT)
Luiz Inácio Lula da Silva foi preso no dia 7 de abril de 2018 por suposto esquema de corrupção. Conforme apurado pela Operação Lava Jato, o atual presidente teria recebido um triplex no Guarujá como propina para favorecer a construtora OAS em contratos com a Petrobras.
Na época, o líder do Executivo foi condenado a 12 anos e um mês de cadeia. Contudo, Lula foi solto em 8 de novembro de 2019, após um ano e sete meses preso.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, em março de 2021, anulou as condenações. O plenário da Corte considerou a condenação em segunda instância inconstitucional e reconheceu a suspeição do então juiz Sérgio Moro no caso.
Michel Temer (MDB)
Em 21 de março de 2019, Michel Temer também foi preso – só que provisoriamente – em função de investigação da Lava Jato. O ex-presidente teria recebido propina em esquema de corrupção ligado à construção da usina Angra 3.
O desembargador Antonio Ivan Athié, do TRF-2, considerou que a detenção preventiva foi fundamentada em "suposições de fatos antigos" e, no dia 25 de março, Temer foi solto. Porém, voltou ao cárcere no dia 8 de maio quando o TRF-2 derrubou seu habeas corpus.
No dia 14 de maio, por unanimidade, a sexta turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) optou por substituir a sentença do político por medidas cautelares.
Fernando Collor (PRD)
O ex-presidente da República Fernando Collor de Melo foi preso na madrugada desta sexta-feira enquanto embarcava para Brasília. A detenção se deu após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em determinação dada pelo ministro Alexandre de Moraes. O político foi condenado a cumprir 8 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2015, Collor recebeu R$ 26 milhões de propina entre 2010 e 2014. Na época, atuava como senador por Alagoas. O político se apropriou do dinheiro após “intermediar” contratos firmados pela BR Distribuidora, vinculada à Petrobras no período em questão.
Correio do Povo
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