sábado, 26 de abril de 2025

Brasil já teve três presidentes presos desde a redemocratização; veja quem são

 Corrupção passiva e lavagem de dinheiro motivaram os cárceres; dois dos chefes do Executivo já foram soltos

Michel Temer (MDB) foi condenado por corrupção passiva, porém teve sua sentença substituída por medidas cautelares | Foto: Lula Marques/Agência PT/CP


Desde a redemocratização em 1988, o Brasil já teve três dos seus presidentes da República presos. Corrupção passiva e lavagem de dinheiro motivaram os três episódios. Dois dos representantes já foram soltos.

Relembre os casos:

Lula (PT)

Luiz Inácio Lula da Silva foi preso no dia 7 de abril de 2018 por suposto esquema de corrupção. Conforme apurado pela Operação Lava Jato, o atual presidente teria recebido um triplex no Guarujá como propina para favorecer a construtora OAS em contratos com a Petrobras.

Na época, o líder do Executivo foi condenado a 12 anos e um mês de cadeia. Contudo, Lula foi solto em 8 de novembro de 2019, após um ano e sete meses preso.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, em março de 2021, anulou as condenações. O plenário da Corte considerou a condenação em segunda instância inconstitucional e reconheceu a suspeição do então juiz Sérgio Moro no caso.

Michel Temer (MDB)

Em 21 de março de 2019, Michel Temer também foi preso – só que provisoriamente – em função de investigação da Lava Jato. O ex-presidente teria recebido propina em esquema de corrupção ligado à construção da usina Angra 3.

O desembargador Antonio Ivan Athié, do TRF-2, considerou que a detenção preventiva foi fundamentada em "suposições de fatos antigos" e, no dia 25 de março, Temer foi solto. Porém, voltou ao cárcere no dia 8 de maio quando o TRF-2 derrubou seu habeas corpus.

No dia 14 de maio, por unanimidade, a sexta turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) optou por substituir a sentença do político por medidas cautelares.

Fernando Collor (PRD)

O ex-presidente da República Fernando Collor de Melo foi preso na madrugada desta sexta-feira enquanto embarcava para Brasília. A detenção se deu após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em determinação dada pelo ministro Alexandre de Moraes. O político foi condenado a cumprir 8 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2015, Collor recebeu R$ 26 milhões de propina entre 2010 e 2014. Na época, atuava como senador por Alagoas. O político se apropriou do dinheiro após “intermediar” contratos firmados pela BR Distribuidora, vinculada à Petrobras no período em questão.

Correio do Povo


Nenhum comentário:

Postar um comentário