terça-feira, 18 de março de 2025

Trégua é rompida e Israel anuncia “amplos ataques” na Faixa de Gaza

 Exército afirma que ação busca evitar ações e rearmamento do Hamas

Gaza volta a ser foco de bombardeios | Foto: Eyad Baba / AFP / CP


As Forças Armadas de Israel anunciaram na manhã desta terça-feira (horário local) que estavam realizando “amplos ataques” contra o Hamas na Faixa de Gaza. Desta forma, o governo de Benjamin Netanyahu rompeu a trégua no momento em que as negociações para um cessar-fogo no território palestino estão paralisadas.

O Exército israelense anunciou no Telegram que estava "efetuando amplos ataques contra alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza”, e que daria mais detalhes posteriormente.

Por sua vez, a agência de Defesa Civil de Gaza assinalou que os ataques israelenses mataram pelo menos 66 pessoas, entre elas cinco crianças, e deixaram dezenas de feridos, que foram levados para um hospital.

O acordo de trégua, com mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, entrou em vigor em 19 de janeiro, após 15 meses de guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.

Segundo uma fonte próxima às discussões, uma delegação do Hamas, liderada por Khalil al Hayya, o principal negociador do grupo, partiu do Cairo neste domingo em direção a Doha, onde fica o escritório político do movimento.

No sábado à noite, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, "instruiu a equipe de negociadores a se preparar para a continuidade das discussões", anunciou o gabinete do governo após uma reunião com os negociadores e os chefes das forças de segurança "sobre a questão dos reféns" sequestrados durante o ataque de 7 de outubro e levados para Gaza.

As discussões são baseadas na proposta do enviado americano Steve Witkoff, que prevê "a libertação imediata de 11 reféns vivos e metade dos reféns mortos".

Witkoff participou das negociações em Doha nos últimos dias. Das 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro de 2023, 58 permanecem em cativeiro em Gaza, 34 delas declaradas mortas pelo exército israelense.

AFP e Correio do Povo

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