Maquinista, um policial e um soldado morreram no ataque, segundo fontes locais
Três pessoas morreram e centenas foram libertadas pelos militares paquistaneses após separatistas atacarem, nesta terça-feira, 11, um trem com mais de 450 passageiros a bordo no sudoeste do país, cenário de uma rebelião independentista. As forças de segurança conseguiram libertar "mais de 100 passageiros" que haviam sido mantidos como reféns no trem, na região de Baluchistão, fronteira com o Irã e Afeganistão, informou o ministro do Interior, Mohsen Naqvi.
Trata-se de "58 homens, 31 mulheres e 15 crianças", segundo fontes de segurança, que explicaram que o exército continuava trabalhando para "libertar com total segurança os passageiros restantes". No meio da tarde, o grupo Exército de Libertação de Baluchistão (BLA, na sigla em inglês), a principal organização separatista da área, anunciou que havia bloqueado um trem que transportava, de acordo com a companhia ferroviária local, mais de 450 pessoas.
O ataque ocorreu perto da estação da cidade de Sibi, onde o comboio iria parar. Um responsável dos serviços ferroviários de uma cidade próxima, cuja estação foi transformada em um hospital de campanha, afirmou que o maquinista do trem, um policial e um soldado morreram no ataque, balanço que um membro do pessoal médico confirmou à AFP.
Medicamentos e curativos foram levados ao local do incidente, cercado por policiais e paramilitares. Youssef Bashir, um passageiro do Jaffar Express, disse à AFPTV que viu "pessoas gritando e chorando" quando os suspeitos chegaram ao trem. "Havia tiros e explosões e os assaltantes nos disseram para sair", contou. Até o momento, o Exército não emitiu nenhum comunicado. Segundo o ministro do Interior, "16 terroristas foram abatidos", enquanto as forças de segurança relataram "importantes trocas de tiros" e "17 feridos hospitalizados".
Em um comunicado, o BLA afirmou que "destruiu a via do trem com explosivos, obrigando o Jaffar Express a parar". O trem saiu por volta das 9h de Quetta rumo a Peshawar, em uma viagem que iria durar mais de 30 horas. O ataque ocorreu cerca de quatro horas depois.
As forças de segurança combatem há décadas os insurgentes desta empobrecida província. Os grupos rebeldes acusam as autoridades de permitir que estrangeiros explorem seus recursos naturais sem que isso beneficie a população.
AFP e Correio do Povo
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