Setor reivindica benefício equivalente ao estabelecido pelo governo federal para a importação de azeite de oliva
O presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes, aguarda retorno da solicitação de audiência com o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, sobre a isenção do imposto de importação do azeite de oliva, medida adotada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).
“Se tiveram a capacidade de fazer isso para os espanhóis e portugueses, nós cremos que podem fazer isso por nós também”, desabafou.
Segundo o presidente do Ibraoliva, o setor da olivicultura tem a compreensão de que, antes de tudo, a medida do governo federal foi um ato mais político do que econômico. Em 6 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou tarifa zero de importação para um grupo de alimentos com a finalidade de garantir uma redução no preço em itens como carne, café, açúcar e milho.
Fernandes destaca que o preço mundial do azeite de oliva já recuou em relação ao ano passado, quando estava sendo comercializado a 10 mil euros a tonelada. “Nesse momento está próximo de 5 mil euros a toneladas”, pontuou, explicando que a isenção do imposto de importação não seria justificável, pois o produto já está sendo reposto nas prateleiras dos supermercados com o valor mais baixo.
“Nós estamos falando num volume de negócios próximo a R$ 4,5 bilhões e essa anistia representa meio bilhão”, acrescentou.
Para o presidente do Ibraoliva, essa é uma forma perniciosa de arrecadar. “Mas faz parte do jogo e nós queremos pelo menos a isonomia. Se temos a isenção para a entrada do azeite de oliva, queremos também para a saída (do país)”, declarou. Segundo o dirigente, a solicitação de audiência foi formalizada pelos deputados Alceu Moreira (MDB), Pedro Westphalen e Afonso Hamm (PP), Marcel van Hattem (Novo) e Paulo Pimenta (PT).
Na segunda-feira, dia 17, o presidente do Ibraoliva participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa. Segundo ele, a pauta abordou a possibilidade de criação de um percentual pequeno em relação a circulação do azeite de oliva no Rio Grande do Sul para arrecadar recursos a serem utilizados no desenvolvimento do setor gaúcho, a instalação de um centro de referência em olivicultura no município de Hulha Negra, e também a realização de um fórum marcado para dia 27 de março em Caçapava do Sul.
“Estamos reunindo os municípios que fazem parte do Geoparque (na região) e também da Quarta Colônia onde terá uma rota turística”, finalizou.
Correio do Povo
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