sexta-feira, 28 de março de 2025

O Banco do Brasil e o Plano Safra

 O Plano Safra 2025/2026 acende uma luz de alerta para créditos e débitos aos nossos produtores de alimentos. O conceituado “Relatório Reservado” (RR) apurou que o Banco do Brasil poderá emprestar algo em torno de R$ 325 bilhões, 25% superior ao do ano passado.

Rogério Mendelski


Um ponto de interrogação preocupa a direção do Banco do Brasil. Como instituição bancária responsável pelo maior volume de crédito agrícola e ciente de sua participação neste segmento de nosso desenvolvimento econômico, o Plano Safra 2025/2026 acende uma luz de alerta para créditos e débitos aos nossos produtores de alimentos. O conceituado “Relatório Reservado” (RR) apurou que o Banco do Brasil poderá emprestar algo em torno de R$ 325 bilhões, 25% superior ao do ano passado quando o BB alocou R$ 260 bilhões. No total, diz o RR, o BB estima fechar 2025 com uma carteira agrícola na ordem de R$ 450 bilhões, pouco mais de 10% do valor registrado em dezembro do ano passado. A interrogação e a luz de alerta se fixam no “peso contábil da inadimplência do setor” que no entendimento do RR conforme suas fontes, “o volume de empréstimos com atraso não para de crescer”. E este volume de atraso deixa o BB com “maior exposição de risco no setor”, pois a inadimplência da carteira de crédito agrícola saiu de 0,96% para 2,45%. Diante do risco setorial, “o BB aumentou suas provisões para créditos duvidosos em 12% - de R% 55 bilhões em 2023 para R$ 62 bilhões em 2024.” Todo este dilema creditício poderá acabar na área política pela pressão da bancada ruralista no Congresso. O produtor rural assolado por crises climáticas, preço de insumos, equipamentos e oscilações do câmbio, não quer deixar de pagar seus compromissos bancários, mas espera dos políticos ligados ao agronegócio “programas de refinanciamentos de débitos com generosos prazos de carência”, na opinião do RR. O Plano Safra 2025/2026 deverá ser divulgado até o fim de junho. Aí começará a ação política em favor dos produtores rurais.

Ex-ministra pessimista

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura de Jair Bolsonaro, não está muito confiante no recurso que será destinado ao agronegócio, no Plano Safra deste ano. Para ela, os valores aprovados no Orçamento com os juros atuais devem financiar bem menos do que em 2024.

Que tal gastar menos?

Todos os analistas entendem que só haverá paz na nossa conturbada economia quando se equalizarem as políticas fiscal e monetária. Isto é: o governo precisa cuidar mais de suas finanças, tendo prudência no uso do seu dinheiro e gastando menos do que arrecada.

La golondrina

Um estudo sobre a felicidade dos povos mostra que os mexicanos são mais felizes que os norte-americanos. No ranking da felicidade, o México está em 10° lugar e os Estados Unidos em 24° lugar. O interessante é que não são vistos americanos passando de San Diego para Tijuana tentando melhorar de vida no México.

Bolsonaro no STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro esteve na primeira fila do STF durante o julgamento sobre tentativa de golpe do dia 8 de março de 2023. E dividiu opiniões. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, disse que sempre recomenda seus clientes para não estarem presentes nas suas audiências para não parecer provocação. Já a advogada Janaína Paschoal entendeu que Bolsonaro no STF deu uma demonstração de respeito à nossa Suprema Corte.

A lealdade de Tarcísio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mostrou sua lealdade a Jair Bolsonaro: “A gente vai estar junto com Bolsonaro até debaixo d’água. Meu papel é ajudar o presidente até o fim e também ajudar o seu grupo aqui em São Paulo”.

Pegou mal

Gleise Hoffmann, secretária de Relações Institucionais do governo divulgou uma mensagem de propaganda sobre o empréstimo consignado a trabalhadores da iniciativa privada. Ela tratou da medida como o “empréstimo de Lula” e a repercussão foi péssima. Ficou uma dúvida se era dela a ideia ou do secretario de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. A propaganda foi apagada das redes sociais.

Os elogios de Trump

O único elogio do presidente Donald Trump ao sistema eleitoral brasileiro foi para a digitalização do eleitor. Ele jamais fez referências à legitimidade da urna eletrônica. Muita gente preferiu colocar elogios às eleições brasileiras na boca de Trump, mas ele foi pontual: “A Índia e o Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação do eleitor a um banco biométrico de dados”. E só.

Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário