Mesmo com queda nas marcas aferidas, pescados continuam aparecendo nas redes de profissionais na Capital
A falta de chuvas há vários dias tem causado novas quedas nos níveis dos principais rios da Região Metropolitana. Neste sábado, Dia Mundial da Água, de acordo com o monitoramento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), as captações de água no rio Gravataí para usos que não sejam o abastecimento humano estão suspensas devido aos baixos níveis da água.
A medição na Estação de Tratamento de Água (ETA) Alvorada foi de 1,30 metro, quatro centímetros a menos do que no dia anterior, enquanto na ETA Gravataí, no Passo dos Negros, 65 centímetros, e no Balneário Passo das Canoas, também em Gravataí, 1,25 metro, menos dois e cinco centímetros sobre a sexta-feira, respectivamente. Conforme a Sema, há a condição de alerta no Gravataí desde o último dia 17, causada pela intermitência de dois dias captando por um de suspensão na coleta.
Já no rio dos Sinos, também aferido pela Sema, a situação é um pouco mais confortável, considerada de atenção. As captações para a irrigação de lavouras, por exemplo, estão liberadas, com a cota na régua da Corsan, em Campo Bom, de 1,65 metro, subindo 15 centímetros em relação à sexta-feira. Em São Leopoldo, a medição foi de 1,50 metro, menos dez centímetros. Em Novo Hamburgo, queda de dois centímetros, para 2,33 metros. O nível do rio Guaíba também vem caindo, com a marca de 1,33 metro atingida no final da manhã na régua da Usina do Gasômetro, caindo dez centímetros sobre o mesmo período da sexta.
Mesmo assim, pescadores seguem na expectativa, e pescados grandes têm aparecido nas redes utilizadas para o trabalho. Próximos aos rebocadores na área portuária do Guaíba, no Centro Histórico de Porto Alegre, Luiz Ramos de Vasconcellos e os filhos, Diego Luiz Vasconcellos e Diogo Vasconcellos, comemoravam a captura de uma carpa no barco da família com peso estimado superior a 19 quilos, segundo eles, além de outros exemplares de tilápias.
“Já esteve pior o rio, bastante seco. Agora está melhor. Nos últimos dias ‘deu uma enchida’. Tinha também bastante bancos de areia, mas agora tudo foi para o fundo”, comentou Luiz Ramos, da Ilha da Pintada. Os três rapidamente puseram os pescados em tonéis e os levaram pelo túnel do catamarã até o Mercado Público, onde seriam tratados e comercializados. “Esse peixe grande aqui quase arrebenta a linha, mas conseguimos capturar. Outras espécies, como a tainha, já gostam do calor, então é mais fácil pegar quando o rio está mais baixo”, salientou Diego.
Correio do Povo
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