Moeda até chegou a esboçar um movimento mais forte de queda e desceu até mínima a R$ 5,7857
Após operar em alta moderada pela manhã, em linha com o comportamento predominante da moeda americana no exterior, o dólar perdeu força ao longo da tarde e fechou a sessão desta quarta-feira, 12, cotado a R$ 5,8088, em queda de 0,05%.
Além da melhora de certas divisas emergentes pares do real, como o peso mexicano, analistas atribuíram a perda de força da moeda americana a informações sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) divulgadas na segunda etapa de negócios.
Reportagem exclusiva do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que, em ofício à Comissão Mista de Orçamento (CMO), o governo pediu alterações da LOA, com corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família e de R$ 7 bilhões em ações do Ministério da Educação.
De outro lado, o governo pediu que cerca de R$ 3 bilhões fossem repostos em alguns investimentos nas mesmas áreas e acréscimo de R$ 3 bilhões no Auxílio-Gás. Além disso, seriam necessários cerca de R$ 7,8 bilhões para a rubrica de 'Benefícios Previdenciários'.
O executivo não previu nesta conta as despesas com o programa educacional Pé-de-Meia, mas pediu que os gastos com o programa de incentivo à permanência escolar possam ser suplementados depois da aprovação do Orçamento.
Em meio às informações sobre a LOA, o dólar chegou a esboçar um movimento mais forte de queda e desceu até mínima a R$ 5,7857, mas logo em seguida retomou parte do fôlego e voltou a operar na casa de R$ 5,80.
Bolsa
Em dia de agenda mais cheia, o Ibovespa operou em margem de pouco mais de mil pontos entre a mínima (122.969,29) e a máxima (124.048,45) da sessão, em que os destaques foram as leituras sobre a inflação no Brasil e nos Estados Unidos, divulgadas ainda pela manhã.
No fechamento, vindo de perdas nas duas sessões anteriores, o Ibovespa mostrava leve alta de 0,29%, aos 123.863,50 pontos, com giro reforçado a R$ 36,1 bilhões, em dia de vencimento de opções sobre o índice.
Na semana, o Ibovespa acumula perda de 0,94%, limitando o ganho do mês a 0,87% e o do ano a 2,98%. Entre as blue chips, o dia foi majoritariamente negativo, e ao fim misto para Petrobras (ON +0,36%, PN sem variação), em dia de ganhos na casa de 2% para o petróleo em Londres e Nova York, após dados dos EUA terem apontado grande queda nos estoques de gasolina na última semana.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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