Presidente João Galassi foi reconduzido ao cargo e defendeu pautas como a venda de medicamentos sem receita nos supermercados
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, foi reconduzido ao cargo nesta terça-feira, em Brasília, junto com a sua diretoria, incluindo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, como vice-presidente para o triênio de 2025 a 2027. Em sessão solene para homenagear a entidade na Câmara dos Deputados, Galassi destacou as principais pautas da atual gestão.
Entre elas está a imediata desoneração da cesta básica nacional. "Defendemos a segurança alimentar e lutamos pela isenção de impostos sobre a cesta básica brasileira (durante as negociações para a reforma tributária)", destacou em seu discurso. A comercialização de remédios sem receita nos supermercados é outra reivindicação do setor. Segundo Galassi, na década de 1990, quando os empreendimentos tinham autorização para vender alguns tipos de remédios, os preços ao consumidor caíram até 35%. "Nos colocamos à disposição do governo para, desde já, introduzir as farmácias populares nas nossas lojas."
Galassi também falou da possibilidade de adoção do conceito "best before" para reduzir desperdícios. A Abras defende o modelo já utilizado nos Estados Unidos e em países da Europa, em que o rótulo indica o prazo mínimo em que um produto mantém suas características e que, mesmo depois da data indicada, é próprio para o consumo.
Na agenda, também está a revisão dos custos do programa de alimentação ao trabalhador e outros pleitos. O presidente destacou ainda a representatividade do segmento. "A Abras representa um setor do tamanho do Brasil, com mais de 414 mil lojas, 9 milhões de colaboradores e 30 milhões de consumidores atendidos diariamente. Não há economia forte, sem varejo forte."
Longo, que participou da solenidade, comentou as medidas do governo federal para tentar reduzir a inflação dos alimentos. O setor se manifestou favorável ao que foi anunciado na semana passada, incluindo a retirada de tributação de importação para alguns produtos. Ele ponderou, contudo, que a composição dos preços depende de muitos fatores. "Não é só o imposto, tem situações de safra, ou crise, por exemplo", explicou.
No Rio Grande do Sul, a Agas apoiou a isenção tributária de produtos como frutas, legumes, leite e ovos, além da base reduzida de 12% para 7% da cesta básica. "Esse foi o nosso pleito", explicou.
Correio do Povo
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