Feira acontece até o dia 28, no parque da Associação dos Fumicultores do Brasil, em Rio Pardo
Com a perspectiva de ser um celeiro de oportunidades e inovações voltados para a agricultura familiar, a solenidade oficial do início da Expoagro Afubra na manhã desta terça-feira, dia 25, em Rio Pardo, teve diversas manifestações sobre a securitização, a irrigação, o seguro agrícola e os extremos climáticos. A abertura dos portões do evento, na localidade de Rincão Del Rey, teve a presença vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, que acompanhou as manifestações, com a presença de outras autoridades e lideranças políticas.
Souza destacou que o governador, Eduardo Leite, está justamente nesta terça-feira em Brasília tratando de vários temas importantes para o agronegócio gaúcho. No evento, ressaltou ainda que o tabaco é a segunda commodity mais exportada do Rio Grande do Sul, atrás apenas da soja, gerando emprego diretamente para 70 mil famílias gaúchas. Acrescentou que a safra de tabaco será 4% maior em área plantada e 20% por cento maior em produtividade mesmo com os eventos climáticos adversos.
“ Uma safra mais um vez que mostra a resiliência, o laboro do povo gaúcho e tecnologia tem conseguido suplantar dificuldades “, afirmou.
Conforme Souza, as dificuldades estão na mesa do governador, referindo-se também sobre as consequências da estiagem. “Ontem tivemos um almoço as principais lideranças do agronegócio porque o RS vive mais uma vez um momento que precisa de um olhar diferenciado por parte do governo federal “, sublinhou, acrescentando que o RS não acompanha a performance recorde da safra de verão nacional e citando que as consequências da estiagem no Estado vão avançar para o inverno.
O presidente da Associação Fumicultores do Brasil, Marcílio Laurindo Drescher, destacou que a entidade, além da defesa do setor, sempre teve o compromisso da diversificação e que a agricultura familiar quer segurança para seguir produzindo e garantindo os alimentos na mesa dos brasileiros. “Aqui, nesses quatro dias, o agro entra em sintonia”, assegurou, referindo-se aos debates do sentimento do setor em relação aos problemas atuais para o agro gaúcho.
“Nós não queremos esmolas, mas o direito de estabilidade para produzir. Precisamos ter qualidade de vida a quem produz comida. A juventude rural também não pode ser esquecida para que tenhamos sucessão (no campo)“, exclamou.
Drescher destacou que os produtores rurais prosseguem em suas atividades mesmo quando governos tomam decisões equivocadas para o setor. “Por exemplo, medidas de importar alimentos de outros países com isenção de taxação “, criticou no evento, defendendo uma via para reduzir o custo de produção e trazer mais competitividade aos produtores. “Isso sim deriva valorização do nosso setor”, pontuou. Para ele, uma parte da sociedade não entende o que e como o agro faz o alimento de cada dia No evento, a Afubra comemorou 70 anos de trajetória e recebeu diversas homenagens.
Correio do Povo
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