sábado, 15 de março de 2025

Bolsa avança 2,64% e dólar recua a R$ 5,74

 Estímulo ao consumo na China e receio com tarifas de Trump são fatores da queda do dólar

Moeda encerra a semana com perdas de 0,81%. | Foto: Colin Watts / Unsplash


Os estímulos ao consumo na China e o acordo alcançado na Alemanha para o aumento do endividamento do país pesaram ontem mais que os receios com as tarifas de Donald Trump e as incertezas sobre o fim da guerra na Ucrânia, e as Bolsas encerraram a semana em alta ao redor do mundo, enquanto o dólar se enfraqueceu em relação às demais moedas. Aqui, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações da B3, fechou com alta de 2,64%, aos 128.957 pontos, na máxima do ano.

Foi a terceira alta seguida da Bolsa brasileira, com destaque para as ações da Vale ON, que subiram 3,28%; Petrobras ON, com 3,90%, e PN, com 3,08%; e Itaú PN, que avançaram 3,25%. "O dia foi de propensão a risco desde a sessão asiática, com a expectativa por novos estímulos na China, e possibilidade de anúncio na semana que vem, o que contribui para o desempenho das commodities e de emergentes como o Brasil", avaliou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

As Bolsas americanas também subiram: o S&P 500 avançou 2,13%; Dow Jones, 1,65%; e Nasdaq, 2,61%.

Dólar

O dólar registrou uma queda firme ontem e voltou a fechar abaixo da linha de R$ 5,75, em um dia marcado pela forte valorização de divisas emergentes e de países exportadores de commodities. O real, aliás, teve o melhor desempenho entre as principais moedas globais. No mercado de câmbio brasileiro, a moeda americana encerrou o dia em baixa de 0,98% ante o real, cotada a R$ 5,74. Assim, o dólar termina a semana com perdas de 0,81%.

A desvalorização chega a 2,92% nos seis primeiros pregões de março. "A promessa de novos estímulos pela China, a serem anunciados na semana que vem, levantou o mercado de commodities e deu força para divisas emergentes", afirmou o gerente da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, acrescentando que o superávit do setor público consolidado em janeiro, acima das expectativas, também ajudou o real.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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