Encontro visa mostrar as inovações e oportunidades de negócio no Agro gaúcho
A planta de produção de etanol anidro da Be8, que ficará em Passo Fundo deve começar a ser construída em abril de 2025. A informação foi comentada pelo coordenador de fomento da empresa, Fábio Benin, em palestra durante o fórum Tecnoagro, na tarde desta quinta-feira, 13, na Expodireto 2025.
Em sua fala, Fábio citou que o local que sediará a planta fabril está em processo final de terraplanagem, mas que a construção das estruturas deve começar paralelamente. “A área total é de 80 hectares, dos quais 40 hectares serão ocupados por edificações como estrutura de equipamentos para processamento. O time de engenharia está na fase final de contratação das empresas de tecnologia”, afirma. A estrutura, que deve contar com planta de fermentação, armazéns e escritórios, deve começar a produzir efetivamente em outubro de 2026.
“A planta que vai ter uma capacidade diária de moagem de 15 mil toneladas de cereais. Este montante perfaz cerca de 525 mil t por ano”, estima Fábio. A previsão é que a moagem de trigo corresponda a 2/3 do total, sendo a última parte destinada a outros cereais de inverno. O destaque ao trigo se dá pelos seus subprodutos, neste caso o glúten vital, que é parte do processo de produção do etanol, que deve atingir 220 milhões de litros por ano.
Segundo Fábio, o empreendimento será benéfico para a economia do RS em diversas frentes. A principal delas é o incentivo direto ao produtor: “O projeto é que, quando 100% da matéria prima for originada de grãos de cereais de inverno, a demanda será de 200 mil hectares de área de plantio. Ou seja, o projeto demandará uma ampliação de 200 mil hectares de plantio para atendimento da demanda da fábrica. Se nós usarmos trigo como referência, isso representa um aumento em aproximadamente 15% da área de produção de trigo no estado”, explica.
Iniciativa quer ligar o RS à China por meio de uma ferrovia que vai até o Peru
Marcos da Silva, da Sol e Vento Energias Limpas, apresentou uma proposta que promete mudar a logística do Rio Grande do Sul. A ideia consiste em uma rota que começará no ainda não construído porto marítimo de arroio do Sal, passa por cidades como Passo Fundo e Santa Rosa, e chega até o Peru por meio de uma ferrovia.
Essa via deve ser construída sem emissões de carbono, usando de veículos completamente elétricos ou com combustíveis renováveis. Além disso, a empresa tem participações estratégicas na construção de ônibus eletrificados que pretendem implantar em todo o Brasil.
Usinas de Amônia para fertilizar a agricultura gaúcha
A Begreen, por meio de seu fundador, Luiz Paulo Hauth, apresentou seu projeto de usinas que utilizam o processo de eletrólise para produzir amônia verde. Segundo Hauth, as plantas devem ficar em Passo Fundo, Tio Hugo e Condor, todas cidades do Estado.
A amônia, que é um fertilizante importante na agricultura, não é produzida em grandes quantidades no RS, tendo o estado que importar quase todo o produto que usa. A ideia de Paulo é mudar esse jogo, podendo exportar a produção até mesmo para a Europa, que tem regras mais restritas em relação a produções verdes.
O projeto tem apoio da Universidade de Passo Fundo e investidores japoneses.
Correio do Povo
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