No local das buscas foram encontradas toneladas de medicamentos e produtos cosméticos vencidos e atingidos pela inundação
Na manhã desta sexta-feira (10), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Proteção aos Direitos do Consumidor, Saúde Pública e da Propriedade Intelectual, Imaterial e Afins (Decon/Deic), com apoio da Vigilância Sanitária de São Leopoldo, cumpriu mandado de busca e apreensão no depósito de uma rede de farmácias, com o objetivo de apurar uma denúncia de que o local armazenava remédios vencidos contaminados pela enchente sem descarte, e de que estariam limpando produtos atingidos pelas águas contaminadas para serem redistribuídos às filiais e posteriormente comercializados ao público.
Os dois proprietários do estabelecimento foram conduzidos e autuados em flagrante pela prática de crime contra a saúde pública e crime contra as relações de consumo.
No local das buscas foram encontradas toneladas de medicamentos e produtos cosméticos vencidos e/ou atingidos pela enchente, que estavam depositados de forma irregular, uma vez que já deveriam ter sido descartados.
Também foram encontrados indícios de que as mercadorias que poderiam ser reutilizadas estavam sendo lavados para posterior comercialização. Lotes dos produtos atingidos e que estavam no referido depósito encontravam-se à venda em lojas da rede investigada.
A Delegada Cristiane Becker, titular da Decon, ressaltou que os produtos que entraram em contato com as águas das enchentes possuem um alto risco de contaminação, sendo impróprios ao consumo humano, já que podem ocasionar inúmeros problemas à saúde dos consumidores. O local foi interditado pela Vigilância Sanitária.
Os fiscais esclareceram que, mesmo que eventuais produtos não tenham sido atingidos pela enchente, o local era insalubre e impróprio para o armazenamento das mercadorias. Os produtos não atingidos pela enchente, mesmo que tenham sido adquiridos depois das inundações, não poderiam ser armazenados no mesmo local devido ao risco de contaminação, e devem ser igualmente descartados.
Correio do Povo
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