Prefeito de Porto Alegre esteve reunido com empresários do Quarto Distrito, onde também afirmou que dragagem do rio Guaíba é responsabilidade do governo do Estado, mas que prefeitura “trabalha para evitar alagamentos”
Em reunião na noite desta quarta-feira, o prefeito de Porto Alegre e técnicos do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) apresentaram a empresários do Quarto Distrito cronograma de ações para a redução de alagamentos. Sebastião Melo destacou, no entanto, que obras esperadas pela população da Capital dependem de dos governos federal e estadual.
Durante o encontro, o prefeito declarou que intervenções definitivas para corrigir falhas no sistema de proteção contra cheias “é competência do governo Federal”. Já sobre a dragagem do rio Guaíba, Melo atribuiu ao governo gaúcho a responsabilidade.
“Não há prevenção de cheias só com obras municipais. Não adianta eu fazer aqui se Canoas, Sapucaia e as outras cidades da região não fizerem a parte deles. Estamos trabalhando em obras emergenciais, mas as obras futuristas, de grande impacto, dependem de governo federal e estadual”, justificou.
Melo informou ainda que a União e o Palácio Piratini acordaram investimentos de R$ 6,5 bilhões para obras de um novo sistema. O dinheiro virá d Brasília e a execução ficará a cargo do Estado, porém criticou o modelo.
“Eu penso que o governo federal deveria assumir estas obras, mas o governador Eduardo Leite acordou desta forma”, avaliou o prefeito da Capital.
Sobre as obras emergenciais para evitar alagamentos, sobretudo em regiões como Quarto Distrito e zona Norte, técnicos do Dmae detalharam estudos técnicos e anunciaram que concorrências públicas para execução dos serviços terão vencedores definidos nas próximas semanas. Estão na lista reforços no Conduto Forçado Álvaro Chaves, correção de redes de drenagem, reforma de casas de bombas e obras nas comportas do muro da Mauá. A correção de diques como os localizados na região do Aeroporto Salgado Filho e no bairro Sarandi também foram citadas, parte, já em andamento.
“Nossa equipe está estudando, detalhadamente, todas as propostas recebidas. O objetivo é garantir a execução dos projetos conforme especificado no edital, dentro do menor tempo possível, considerando a complexidade destes empreendimentos”, explica o diretor-geral Interino do Dmae, Darcy Nunes dos Santos.
Licitações
Na segunda-feira, 20, foi encerrado o período de envio de propostas para as obras de substituição das comportas 11, 12 e 14, localizadas na avenida Castelo Branco. Ao todo, quatro empresas apresentaram interesse. O valor de referência do projeto, definido pelo corpo técnico do Dmae, é de R$ 9 milhões.
Já na terça, 21, foram formalizadas sete propostas para a realização de obras nas Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps) 12, 17, 18 e 20. As casas de bombas, localizadas nos bairros Praia de Belas, Centro Histórico e Sarandi, afirma o Dmae, serão as primeiras unidades resilientes a cheias do rio Guaíba na cidade. O valor de referência da licitação é de R$ 51,9 milhões.
Por fim, nesta quarta-feira, 22, o Departamento recebeu três propostas na concorrência pública que prevê o fechamento definitivo das comportas 8, 9, 10 e 13 - passagens localizadas na avenida Castelo Branco, que deixarão de existir após as obras. Neste caso, o valor de referência do certame foi fixado em R$ 3,5 milhões.
Projetos
O Dmae permanece atuando na conclusão dos projetos de engenharia que possibilitarão a abertura das demais licitações necessárias para reforço da proteção de cheias na cidade. No caso das casas de bomba, as concorrências serão divididas em lotes de quatro unidades cada. Os processos serão conduzidos, concomitantemente às obras que já estão em andamento, ao longo de 2025.
Correio do Povo
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