DOIS FATOS INDISCUTÍVEIS
Se levarmos em boa, correta e indiscutível conta:
1- o que de FATO aconteceu no dia 8 DE JANEIRO DE 2023, em Brasília, como escancaram as imagens gravadas por inúmeras CÂMERAS DE MONITORAMENTO; e
2- o FATO do ministro do STF, Luiz Fux, ignorando por completo os que expõem as imagens -comprobatórias-, ter SUSPENDIDO a lei aprovada pela Câmara Municipal de Porto Alegre, em 23 de agosto de 2023, que instituía o 8 DE JANEIRO como o -DIA DO PATRIOTA- na capital gaúcha;
ambos os FATOS sugerem que o 8 DE JANEIRO entre para a história do nosso empobrecido Brasil como o -DIA DA ARAPUCA-.
ARAPUCA
O termo -ARAPUCA- no meu entender, cai como uma luva para definir o que -realmente- aconteceu no dia 8 DE JANEIRO DE 2023, quando os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, em Brasília foram depredados, inúmeros brasileiros simplesmente caíram na ARMADILHA preparada -estrategicamente-, com o propósito de VENDER AOS QUATRO CANTOS DO MUNDO A -CERTEZA- de que os manifestantes eram -GOLPISTAS- e -ANTIDEMOCRÁTICOS-.
SEM PRECEDENTES
Resumindo: as incontestáveis imagens reveladas pelas câmeras de monitoramento; e a absurda proibição imposta pelo ministro Fux de fazer do 8 DE JANEIRO o -DIA DO PATRIOTA-, isso nos leva a admitir que esse enorme contingente de brasileiros caiu na ARAPUCA armada e sustentada por aqueles que, gostem ou não, estão desencadeando, sem ser minimamente molestados, um processo DITATORIAL sem precedentes na história do nosso Brasil.
AINDA ESTAREMOS AQUI
Artigo de Eugênio Esber publicado em GZH de hoje.
No livro Ainda Estou Aqui, Marcelo Rubens Paiva conta o flagelo de sua família e particularmente de sua mãe, Eunice, desde o dia em que agentes do regime militar foram à casa deles levar o pai, Rubens Paiva, para interrogatório, em 1971. Nunca mais o ex-deputado federal pelo PTB foi visto, vivo ou morto. O livro descreve a excruciante jornada de Eunice para ter o marido de volta, ou ao menos despedir-se dele. Nunca teve este consolo. Só mesmo um Alzheimer daria a ela alguma trégua no encontro diuturno com tão amargas lembranças. A demência foi ausentando-a do mundo e de si mesma, mas não por completo. Um dia, num lampejo de consciência, surpreendeu e emocionou o filho ao reunir forças para dizer “Ainda estou aqui”. Aquelas palavras, emolduradas por um “sorriso cansado”, como definiu Marcelo, ecoaram como um manifesto.
Ecoaram, e seguirão ecoando, pela voz de todos os perseguidos por regimes autoritários como o que ora se impõe, ao arrepio do Constituição e das leis, para silenciar, intimidar e aprisionar vozes que denunciem o espúrio consórcio de poder que se formou no Brasil a partir de 2019 e que, à diferença de 1964, opera sob o comando do Supremo Tribunal Federal. O STF, antes uma sigla de justiça, degenera-se em estandarte de política. Seus alvos são os dissidentes de um regime obscuro.
Hoje, 8 de janeiro, milhares de famílias brasileiras que tiveram membros arrancados de seu convívio por um tribunal de exceção remoem suas dores. Sofrem, impotentes, o vilipêndio oficial contra seus mais caros valores — o culto à liberdade, a repulsa à impunidade de criminosos e corruptos, a defesa da soberania do povo brasileiro.
Se os operadores deste monolítico bloco de poder se julgam inexpugnáveis porque têm o apoio de parte da imprensa, como aliás o regime de 1964 também teve, repensem. Dezenas de milhões de brasileiros que amam a liberdade não poderão ser mantidos sob o tacão de uma ditadura de toga. Passe o que passe, ainda estaremos aqui.
Pontocritico.com
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