Sebastião Melo confirmou que continuará subsidiando setor, mas que faltam recursos
O prefeito Sebastião Melo (MDB) afirmou que a tarifa do transporte coletivo "provavelmente" terá reajuste a partir de fevereiro. Melo não detalhou valores e deverá discutir a questão ao longo mês, já que prazo para decisão sobre o valor da passagem encerra dia 31 de janeiro.
Ele confirmou, entretanto, que continuará subsidiando o transporte com, no mínimo, o que já vem sendo aportado, de R$ 130 a R$ 140 milhões. Apesar disso, reiterou que as enchentes deixaram a situação do caixa no vermelho e que, provavelmente, fechará com déficit.
Outro problema que o prefeito enfrenta é com as lotações. O setor vem cobrando mais aporte da prefeitura. Uma rodada de negociações entre a categoria e o Paço está prevista para depois do retorno do Judiciário. A proposta do governo é de que o serviço atenda demandas que os ônibus convencionais não fazem, como algumas linhas escolares, em contrapartida para receber o subsídio.
"Eu preciso encontrar uma maneira, porque eu não posso colocar dinheiro nas lotações, que transporta sem isenções. No transporte coletivo o dinheiro que eu coloco é para não subir a passagem e para pagar as isenções", afirmou o prefeito.
Aporte federal
Uma das soluções para falta de recursos no transporte defendida e encabeçada por Melo – e demais gestores municipais – é que o governo federal pague parte das isenções obrigatórias. Mais precisamente, a dos passageiros com mais de 65 anos, uma vez que a gratuidade para esse público é uma obrigação federal.
"Se o governo federal bancasse, que é um desejo de todos os prefeitos do Brasil, o subsídio dos 65 mais, a passagem de Porto Alegre nesses últimos três anos poderia ter sido R$ 4 reais".
Correio do Povo
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