domingo, 19 de janeiro de 2025

O Discurso de Ódio Contra os Ricos no Brasil

 


Stephen Kanitz


É assustador perceber que um jornal destinado à metade mais rica da população brasileira — porque pobre não lê a Folha ou o Estadão — publique um discurso de ódio como "por que os ricos são do mal".

A social-democracia, agora, parece querer impedir que Elon Musk continue inovando, assumindo riscos e devolvendo à sociedade tudo o que acumulou em termos de avanços tecnológicos. Querem desconsiderar que, para criar algo revolucionário, é necessário arriscar perder tudo.

A filósofa Ingrid — que merece permanecer anônima — nunca pisou em uma fábrica, assim como Karl Marx, e parece não compreender que o capital não pertence integralmente aos capitalistas, enquanto está aplicado em uma empresa.

O capital pertence à sociedade anônima como uma garantia de que todas as obrigações serão pagas enquanto a empresa estiver em operação. Apenas se a empresa fechar, os bens e ativos retornam aos acionistas.

Portanto, como alguém pode "devolver" algo que já não é seu?

Segundo a lógica dessa social-democrata e do jornalista que a defende, ninguém poderia mais trabalhar e acumular patrimônio depois de atingir 50 milhões de reais em poupança. A partir desse ponto, seria obrigado a gastar todo o excedente para não ultrapassar o teto.

O problema é que, em um capitalismo genuíno — não sequestrado pelo Estado —, não haveria dívidas públicas equivalentes a 80% do PIB. Pelo contrário, haveria reservas financeiras equivalentes a 160% do PIB, o que reduziria os juros para algo em torno de 0,5% ao ano.

Nesse cenário, um "hiper-rico" teria um rendimento de apenas R$ 250 mil por ano, ou cerca de R$ 20 mil por mês. Nossos social-democratas se iludem ao acreditar que viver de renda é fácil. Mas não é. O problema não está no capitalismo em si, e sim no modelo de social-democracia que adotamos.

Além disso, com um patrimônio de 50 milhões de reais, seria possível contratar cerca de 100 funcionários, considerando os altos custos de equipamentos, treinamentos e instalações.

Minha crítica não é ao fato de Bill Gates e Steve Jobs terem ficado ricos. Minha bronca é com o fato de que seus sócios, Paul Allen e Steve Wozniak, ficaram com 50% da Microsoft e da Apple, apesar de terem contribuído muito menos para o sucesso das empresas.

Se Bill e Steve tivessem estudado administração de empresas, teriam percebido que cederam participação societária a pessoas que não tinham o mesmo talento empreendedor. Essas pessoas mereciam bons salários, mas não necessariamente uma participação acionária.

Fonte: https://www.linkedin.com/feed/update/share:7285009490859413504/?midToken=AQEEb89zxg9o1A&midSig=2rnHvsAp1zPrA1&trk=eml-email_next_best_action_digest_01-UQl0roGGR9KezjI7wRWwvA%3D%3D-0-kSl19pLkYa19rRCu2DTbmQ%3D%3D&trkEmail=eml-email_next_best_action_digest_01-UQl0roGGR9KezjI7wRWwvA%3D%3D-0-kSl19pLkYa19rRCu2DTbmQ%3D%3D-null-198y2q~m62q8yke~jf-null-null&eid=198y2q-m62q8yke-jf&otpToken=MTUwMzFlZTAxMjJmY2FjNGJlMmYwMmU5NDExY2U0YjM4Y2NjZDg0MTkxYWQ4NTZmNzRjZTA3NmY0YTUyNTRmNGZjOWM4ODk4NjVlZWVjZmY3YmQxZmU1NGYwYjliOTdjYWY5YjIzN2U0ODI4OTYyOTczLDEsMQ%3D%3D

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