sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Mal-estar no calor: saiba como prevenir

 Estresse térmico pode causar desidratação e desencadear série de consequências, como AVCs



O verão fez sua estreia com temperaturas mais amenas, mas os termômetros abaixo de 30 graus não costumam durar muito tempo. Junto com o calor, a sensação de moleza e mal-estar acaba sendo frequente, e isso acontece porque o fluxo sanguíneo se desregula como consequência do desconforto térmico.

“Nos dias mais quentes, com o estresse que o corpo humano é submetido, perdemos mais líquido pela transpiração para controlar nossa temperatura corporal. Nos indivíduos com nível de hidratação inadequado, o calor pode ser gatilho para fadiga, palpitação e o oscilação na pressão arterial”, explica Jorge Koroishi, cardiologista clínico do Hospital do Coração, conhecido como Hcor, referencia na cidade de São Paulo.

O especialista reforça ainda que, se o calor exacerbado for mantido e a pessoa não se hidratar corretamente, podem ocorrer alterações na viscosidade sanguínea, aumentando o risco de fenômenos embólicos, como trombose e acidente vascular cerebral (AVC).

“Apesar do calor extremo ser perigoso para todas as pessoas, grupos de risco devem se manter ainda mais atentos, como é o caso dos idosos, crianças, hipertensos, diabéticos e gestantes. Essas pessoas possuem menos mecanismos de compensação e precisam redobrar o cuidado, aumentar a hidratação e evitar a exposição ao sol.”

⛱️ Como fazer para se proteger contra o calor extremo?

Seja durante o verão ou em ondas de calor extremo fora de época, o primeiro passo para evitar a sensação de mal-estar é manter o nível de hidratação adequado. “Nem sempre devemos seguir à risca o padrão de beber 2 litros de água, porque isso varia de acordo com as atividades diárias da pessoa, mas é importante repor todo o líquido perdido pelo suor e impedir o estresse térmico”, ressalta Koroishi.

Além disso, usar roupas frescas, tentar permanecer mais tempo na sombra e ingerir mais frutas e legumes podem ajudar a dissipar o calor. Outras dicas são evitar fazer exercícios físicos ao ar livre, utilizar filtro solar para proteger a pele dos raios UV e reduzir a exposição ao sol entre 10h e 16h.

“Lembre-se: é importante que a segurança do seu corpo esteja em primeiro lugar. Se sintomas como apatia, fadiga e palpitação persistirem, consulte um médico”, conclui o cardiologista.

Correio do Povo

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