Inah Canabarro Lucas, de 116 anos, é natural de São Francisco de Assis
A gaúcha Inah Canabarro Lucas, de 116 anos, é agora a pessoa viva mais velha do mundo. A freira de São Francisco de Assis assumiu o posto após a morte de Tomiko Itooka, do Japão, em 29 de dezembro, de acordo com ranking do instituto de pesquisa da LongeviQuest divulgado neste sábado.
Inah Canabarro Lucas nasceu em São Francisco de Assis em 8 de junho de 1908, filha dos pais João Antonio Lucas e Mariana Canabarro Lucas. Embora ela afirme ter nascido em 27 de maio de 1908, a LongeviQuest disse que a pesquisa realizada para confirmar as informações descobriu que ela provavelmente nasceu 11 dias depois.
Ela é bisneta do General David Canabarro. Seu pai morreu em combate em 1923.
Segundo a LongeviQuest, ela Iniciou sua jornada religiosa aos 16 anos no internato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul. Posteriormente, mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, onde fez os votos e tornou-se freira em 27 de dezembro de 1928.
Em 1930, retornou ao Brasil para lecionar português e matemática em uma escola na Tijuca, bairro do Rio de Janeiro. No início da década de 1940 retornou para Santana do Livramento, onde deu continuidade à vocação de professora.
Inah Canabarro Lucas também é a 20ª pessoa mais velha registrada na história, de acordo com a LongeviQuest. Ela se tornou a pessoa viva mais velha do Brasil em 23 de janeiro de 2022, após a morte de Antonia da Santa Cruz, de 116 anos.
Mais tarde, ela se tornou a pessoa viva validada mais velha em toda a América do Sul e Latina, após o falecimento da colombiana Sofia Rojas, de 114 anos, em 30 de julho de 2022.
“Todos me perguntam o segredo da longevidade dela, e eu respondo não tem segredo. É a bondade, o bom humor, o otimismo, o propósito de vida e a espiritualidade”, contou o sobrinho, Cleber Vieira Canabarro.
LongeviQuest
A LongeviQuest é a referência global em longevidade humana máxima. A empresa diz possuir o principal banco de dados sobre a vida e a época das pessoas mais velhas do mundo.
A LongeviQuest Global Validation Commission mantém padrões de validação e credencia pesquisadores. Além disso, a capacita investigadores locais para realizar investigação de acordo com as condições dos seus países.
Critérios para submeter avaliação:
- Acima de 105 anos
- Pelo menos um documento do início, meio ou fim da vida da pessoa para verificar sua data de nascimento.
- Apesar de realizar investigações anteriores a 1800, priorizam a verificação de documentos do século XIX em diante.
Processo de validação
1) Ao receber os documentos do supercentenário, o instituto entra em contato com familiares ou cartórios para validação
2) Se necessário, solicita documentos adicionais diretamente à família, especialmente se algum campo estiver faltando no formulário de inscrição.
3) Um pesquisador entra em contato em nome da LongeviQuest para solicitar mais detalhes, incluindo biografias e fotos, para contextualizar os documentos enviados.
4) O pesquisador escreve um relatório de validação para verificação final da equipe LongeviQuest.
Correio do Povo
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