Estância das Oliveiras, de Viamão, se sobressai com os extravirgens produzidos na safra 2024 e é destaque no EVOO World Ranking
O Rio Grande do Sul é, cada vez mais, referência na produção de azeite extravirgem, por meio de empresas como a Estância das Oliveiras, que entrou o ano comemorando nova premiação. O lagar de Viamão, na Região Metropolitana, foi o quinto fabricante de azeite de oliva mais premiado do mundo em 2024, no Ranking Mundial dos Azeites de Oliva (EVOO World Ranking).
A conquista foi resultado de 68 premiações homologadas pela EVOO e recebidas ao longo de 2024, em diferentes países. Rafael Goelzer, sócio-diretor da empresa, e filho do fundador do empreendimento, Lucídio Goelzer, explica que a empresa acumulou as distinções com sete produtos e em diferentes categorias.
“Além dessa nova posição no ranking mundial, ainda nos colocamos como a fabricante de azeite mais premiada do Brasil, entre outros destaques, com a variedade Koroneiki e o blend Signature. Começamos 2025 tendo no mercado o primeiro azeite brasileiro premiado em cinco continentes”, comenta.
Para este ano a expectativa da agroindústria é produzir nove mil litros de azeite extravirgem, mais do que o dobro do que foi engarrafado em 2024, quando a safra foi afetada pelo excesso de chuvas. Goelzer avalia que a conquista é ainda mais relevante se considerado que a Estância das Oliveiras teve sua produção comercial iniciada apenas em 2019 – mesmo que a família esteja na atividade há 21 anos.
“Até 2018, a colheita era toda destinada ao consumo familiar e para presentear amigos. Entramos no mercado há seis anos e somos destaque entre fabricantes que estão há mais de cem anos neste setor”, compara o executivo.
Para 2025, um dos projetos é inscrever, pela primeira vez em uma competição, o azeite de oliva Kids. O item, que entrou no mercado em 2022, tem reduzido seus teores de amargor e acidez, com o sabor frutado mais acentuado. A ideia é participar de um circuito de avaliações na Argentina. Outra aposta para este ano é o lançamento de um azeite de oliva medicinal. “Trabalhamos para fabricar um azeite com elevadíssimo teor de antioxidantes e polifenóis, extremamente benéficos para a saúde e um atrativo a mais a quem já usa o azeite de oliva por essas qualidades”, ressalta o empresário.
No primeiro trimestre deste ano, em fevereiro, a empresa ampliará suas opções de turismo, com possibilidade de os clientes colherem suas próprias frutas e retornarem para casa com azeite feito, em parte, por eles próprios. “Será o azeite mais fresco que se pode ter. Ao contrário do vinho, em que o tempo conta a seu favor, no azeite de oliva quanto menos tempo tiver entre a colheita, a produção e o consumo, mais qualidade ele tem”, conclui Rafael Goelzer.
Correio do Povo
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