Garnero aproximou mandatário brasileiro de George W. Bush
O empresário Mário Bernardo Garnero, dono do grupo de negócios internacionais BrasilInvest, pretende reunir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um jantar no resort de Mar-a-Lago, na Flórida, que pertence ao líder americano. Garnero trabalha para que o encontro ocorra em 17 de fevereiro. Ele tem experiência em conciliar os líderes dos dois países.
Aproximou Lula, por exemplo, do ex-presidente norte-americano George W. Bush, em viagens que contaram com a participação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Na época, coube ao empresário a missão de apaziguar os americanos sobre a política econômica do PT. O dono do BrasilInvest, banco de investimentos estrangeiros no Brasil, também costurou um encontro de Bolsonaro com Trump, em 2020.
Garnero é conhecido pelas relações firmadas com os ex-presidentes americanos Bill Clinton e Ronald Reagan. O encontro pode ocorrer em um momento onde trocam ameaças sobre uma possível taxação de produtos importados.
Em um evento para republicanos na Flórida, Trump afirmou que o Brasil está entre os países que cobram muitas tarifas e que querem 'prejudicar' o país. Em resposta, Lula disse, em uma coletiva com jornalistas, nesta quinta-feira, que vai retribuir o gesto caso Trump o faça.
Além dos atritos sobre a relação econômica dos países, um voo de brasileiros ilegais, deportados após o aval de Trump, chegou ao Brasil no último sábado. Os brasileiros relataram ter sofrido maus-tratos e o governo repudiou o tratamento oferecido pelos americanos e tenta negociar condições melhores para o retorno dos seus cidadãos. Principal autoridade dos Estados Unidos no Brasil, o novo encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar, pediu 'desculpas' ao Itamaraty, na quarta-feira, dia 29, por causa da crise causada pela deportação de brasileiros em condições degradantes.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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