Governador gaúcho declarou que dispositivos retirados pelo presidente Lula “inviabilizam” ingresso do RS no Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados
O Rio Grande do Sul não vai aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), após os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após criticar a retirada dos dispositivos, o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) confirmou a decisão, afirmando que a lei sancionada torna inviável o ingresso do Estado no novo programa.
“Os vetos que o presidente Lula fez inviabilizam a adesão do Rio Grande do Sul. Não é uma questão de uma decisão de aderir ou não. A União, no ano passado, prometeu que o RS teria R$ 14 bilhões para a reconstrução, na forma do não pagamento da dívida. Agora a União diz que, para acessar um programa que vai amortecer os juros no futuro, temos que pagar R$ 5 bilhões, desses R$ 14 bilhões, nos próximos dois anos”, declarou o governador.
"Não faz sentido. O RS precisa desse recurso. Estamos em um processo de reconstrução. Tudo o que pedimos é que fosse mantido o que já tinha sido colocado para nós, agregado à essa nova condição. A União vetou o dispositivo que permitia isso, e isso inviabiliza a adesão do RS”, seguiu, em entrevista após evento de cerimônia de posse dos novos diretores da rede estadual de ensino.
O tucano ainda confirmou que deve retornar à Brasília após o recesso parlamentar para trabalhar politicamente a derrubada dos vetos. Leite esteve no plenário da Câmara dos Deputados em dezembro (foto) justamente para articular a inclusão, no projeto do Propag, dos dispositivos que foram, agora, vetados por Lula.
“Vamos trabalhar politicamente para que seja revisto. É um processo de articulação política. Vamos conversar com as lideranças da bancada gaúcha. Aqui, virtualmente, indo à Brasília quando for conveniente, pois agora é um período de recesso”, disse o chefe do Executivo estadual.
Correio do Povo
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