Estragos que ainda estão em fase de levantamento também causaram grandes perdas na agricultura
Um grande volume de chuva atingiu o interior de Santa Vitória do Palmar, no Sul do Estado, nesta segunda-feira. Desde a noite de sábado, o município enfrenta fortes chuvas que causaram transtornos em diversas localidades, que atingiram mais de mil pessoas, conforme dados ainda preliminares da Defesa Civil.
Em diversos pontos da cidade, há registro de até 480 milímetros de chuva em apenas de 18 horas. Entre estas regiões atingidas está a localidade Vila Anselmi, onde mais de 90% das 600 famílias que residem no local foram afetadas. Apesar da proporção dos estragos, não há registro de desabrigados, mas há pessoas que buscaram alojamento em casas de amigos e familiares.
Além da Vila Anselmi, três residências no Kariri e cinco na Vila Prietsch necessitaram da colocação de lonas para proteção. Outras seis famílias receberam cestas básicas da Assistência Social, já que os alimentos que possuíam foram danificados pela água. Uma família, cuja casa foi afetada pela chuva, precisou transferir temporariamente as crianças para a casa de parentes, devido às condições precárias de moradia.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil na cidade, Jorge Alex Fabra Martins, outros pontos da cidade continuam sem acesso e, por isso, há o indicativo de que o número de afetados será maior. “Estas agrovilas que já fizemos os levantamentos são as que possuem maior número de moradores, mas há outras diversas localidades que ainda estão sem acesso, então, com certeza, esse número de afetados ainda vai subir”, explica.
Martins relata que a cidade foi atingida por uma enxurrada, com chuva forte e concentrada nas áreas do interior. Por isso, além das perdas materiais para os moradores, a Agricultura também foi muito afetada. “Ainda será feio um levantamento posterior, mas estimamos que mais da metade da produção de arroz e soja tenha sido afetada”, acrescenta.
Entre os locais que ainda não tiveram levantamentos realizados está a Reserva Ecológica do Taim. A Defesa Civil chegou a receber relatos sobre o bloqueio da BR 471, porém a informação não pôde ser confirmada. Questionada, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também não havia recebido informações até o fechamento desta matéria.
As secretarias de Obras e Assistência Social também trabalham no antedimento à população. Ao mesmo tempo, ainda conforme o coordenador, a Defesa Civil está mobilizando sua atuação na região litorânea, por conta da previsão de formação de um ciclone, que também pode causar estragos na região.
Correio do Povo
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