Conflito já deixou mais de 46 mil mortos no lado palestino
O Catar indicou nesta terça-feira que um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza pode ser alcançado 'muito em breve', com as negociações em sua 'fase final', após 15 meses de conflito entre Israel e o Hamas. Foram mais de 46.600 mortos no território palestino.
As conversas indiretas se intensificaram em Doha a uma semana da posse de Donald Trump nos Estados Unidos. 'A bola está no campo do Hamas. Se o movimento aceitar, o acordo está pronto para ser fechado e colocado em prática', afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o do Egito, Abdel Fatah al Sissi, sublinharam em conversa telefônica 'a importância do compromisso das partes envolvidas em superar os obstáculos e mostrar a flexibilidade necessária para se alcançar um acordo', informou a Presidência egípcia.
Principal país mediador, juntamente com Estados Unidos e Egito, o Catar indicou que as negociações estão em sua 'fase final', e que 'os problemas principais' foram resolvidos. 'Esperamos que isso leve a um acordo muito rapidamente', expressou a chancelaria do Catar. O chanceler de Israel, Gideon Saar, afirmou que seu país tem 'uma vontade real' de fechar um acordo.Segundo fontes próximas do país, na primeira fase do acordo de cessar-fogo, 33 reféns devem ser libertados, em troca de mil palestinos presos por Israel. O governo israelense confirmou que o país busca obter a libertação de 33 reféns na primeira fase, e que está disposto a libertar 'centenas' de prisioneiros israelenses.
Israel intensificou seus bombardeios na Faixa de Gaza, matando 18 pessoas, segundo serviços de resgate locais. Mais de 60 pessoas morreram no território em 24 horas, apontou o Ministério da Saúde local. O Exército de Israel informou que realizou bombardeios contra o que chamou de 'terroristas do Hamas'.
Diante do iminente retorno de Donald Trump à Casa Branca, no próximo dia 20, houve um aumento da pressão internacional por um cessar-fogo e pela libertação de reféns. Trump alertou que a região mergulhará em 'um inferno' se os reféns não forem libertados antes de sua posse.
AFP e Correio do Povo
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