População busca hidratação e sombras para driblar as marcas de 35º na Capital
O calor intenso nesta quinta-feira afastou pessoas da orla do Guaíba neste começo de tarde, mas fez a alegria dos vendedores de água. Nos termômetros de rua, à sombra, a marca atingida foi de 35ºC, e poucos foram os que se arriscaram estar ao ar livre. Com um carrinho, o comerciante Roberto Rodrigues afirma que comercializa em pontos do Centro Histórico, e que, com as altas temperaturas, é possível vender até quatro fardos de água mineral por dia.
“Começo ainda nas primeiras horas da manhã, por volta das 7h, e vou até o pôr do sol. O pessoal sai cedo e precisa tomar alguma coisa, e é para estas pessoas que vendo nas primeiras horas, geralmente. Coloco poucas unidades por vez, na realidade, e quando preciso, compro mais no mercado mais próximo”, relatou ele.
Os amigos Pierre Vurdell, Vera Suzana, moradores do Centro Histórico de Porto Alegre, e Luciana Cabral, de Taquara, estão de férias e se mantiveram na sombra de uma árvore na orla, não esquecendo do hábito de tomar chimarrão mesmo com o calorão. “Está um ar até fresquinho por aqui, e com ar-condicionado dentro dos apartamentos não dá para ficar. A água tem uma energia muito boa também, apenas de observá-la”, disse Pierre. “Esse lugar aqui também está sendo reestruturado e é convidativo”, acrescentou.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o calorão pode trazer temporais isolados na região Sul, porém o cenário de perigo maior para tempestades pode ocorrer principalmente na sexta-feira, mas também no sábado, já que um centro de alta pressão está localizado junto ao Rio Grande do Sul, associado às altas temperaturas.
Ainda segundo a MetSul, não estão descartados riscos de danos por destelhamentos, queda de postes, árvores e cortes de energia elétrica. Enquanto isso, a estiagem castiga municípios do Rio Grande do Sul. Seis deles já têm decreto homologado no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), da Defesa Civil Nacional: Santa Margarida do Sul, Manoel Viana, Capão do Cipó, Esperança do Sul, Arvorezinha e Cacequi.
Já outros 11 estão com registro feito no mesmo sistema: Rosário do Sul, Tupanciretã, Santiago, Júlio de Castilhos, Jari, Maçambará, São Borja, São Miguel das Missões, São Nicolau, Silveira Martins e Toropi. A MetSul também afirma que o ano de 2024, muito chuvoso, criou uma reserva hídrica impedindo que o quadro atual de seca seja mais grave, mas, com o calor, esta reserva começou a reduzir de maneira considerável nas últimas semanas, principalmente na região noroeste gaúcha e nas Missões.
Correio do Povo
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