sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Agricultura Familiar gaúcha terá Programa de Recuperação

 Emater/RS-Ascar adianta que estratégia será divulgada em janeiro pelo governo do Estado



Com novas iniciativas, a Emater/RS-Ascar mira avançar no atendimento das necessidades do produtor rural gaúcho. Auxiliar no trabalho de restabelecimento das áreas atingidas pela enchente histórica no Rio Grande do Sul será uma das prioridades para os próximos dois anos, segundo o presidente da instituição, Luciano Schwerz. Ele adianta que o Programa de Recuperação está sendo preparado com previsão para ser anunciado em janeiro pelo governador do Estado, Eduardo Leite.

Conforme Schwerz, a instituição foi procurada para auxiliar na estruturação da iniciativa, que será executada em parceria com as secretarias estaduais de Desenvolvimento Rural (SDR) e de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Os recursos são do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado pelo decreto 57.647, para o enfrentamento das consequências dos eventos climáticos ocorridos em 2023 e 2024.

“O programa será destinado a recuperação sócio-econômica, produtiva e ambiental da Agricultura Familiar. Estamos agora na fase de organização do manual de operação e das etapas de trabalho”, antecipa Schwerz. Ele complementa que serão alcançados recursos aos produtores, a fundo perdido, para a recuperação do solo e estruturas produtivas.

De acordo Schwerz, o foco maior será no solo para que os agricultores possam ter mais eficiência frente ao cenário de mudanças climáticas, com intensificação de extremos. Conforme o presidente da Emater-RS, os recursos são para que o produtor tenha uma estratégia de manejo tornando a agricultura gaúcha um sistema mais resiliente nessa questão, com qualidade química, física e biológica. O número de famílias contempladas será anunciado pelo governador Leite.

Schwerz também destaca que o Programa Recuperação também prevê o fortalecimento das patrulhas agrícolas, a entrega de máquinas, como tratores com potência mais elevada, “para que os agricultores tenham equipamentos necessários e possam fazer essas adequações nas suas práticas de manejo, para o terraceamento, a descompactação do solo e a distribuição de fertilizantes”, por exemplo.

O presidente da Emater-RS destaca ainda que está previsto recurso para a instituição desenvolver as ações e capacitar suas equipes.

“Elas já vão iniciar em janeiro, nos próximos dias, antes mesmo do lançamento oficial do programa para nivelar e orientar, pois vamos ter avaliações e métricas com acompanhamento das propriedades por dois anos para que possamos gerar informações sobre a melhoria do sistema de produção do estoque de carbono no solo, da renda que o agricultor obteve para justamente fomentarmos e fortalecermos ainda mais essas políticas públicas através do resultado que entregam”, pontua.

Segundo Schwerz, as propriedades deverão se tornar unidades de referência técnica e serão utilizadas como exemplo para a multiplicação nas comunidades agrícolas das tecnologias nelas utilizadas.

O presidente da Emater-RS finaliza pontuando que, este ano, a instituição completa 70 anos de atuação. Sobre os resultados de 2024 foram realizados atendimentos às mais de 206 mil famílias rurais, 139 novos extensionistas contratados e entregues 70 novos veículos para os escritórios municipais da Emater-RS.

Correio do Povo

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