Sonda estuda como se origina o vento solar, porque a coroa é mais quente do que a superfície abaixo e como se formam as ejeções de massa coronal
A sonda solar Parker da Nasa entrou para a história na última terça-feira (24) ao voar mais perto do Sol do que qualquer outra espaçonave. Nesta quinta, o aparelho enviou um novo sinal e mostrou estar operando normalmente, segundo a Nasa.
A espaçonave deve enviar dados detalhados sobre o seu status no dia 1º de janeiro,
A sonda foi lançada em agosto de 2018 e teve uma missão de sete anos para coletar dados científicos do astro e ajudar a prever eventos climáticos espaciais que poderiam afetar a vida em nosso planeta.
"Este é um exemplo das missões ousadas da Nasa, fazendo algo que ninguém fez antes para responder a perguntas de longa data sobre o nosso universo", disse Arik Posner, cientista do programa Parker Solar Probe, em um comunicado na segunda-feira.
O escudo térmico da Parker é tão eficaz que os instrumentos internos da sonda permanecem em uma temperatura ambiente de cerca de 29°C enquanto ela continua sua exploração da atmosfera externa do Sol, chamada de coroa.
A Parker também se deslocará a um ritmo vertiginoso, de quase 690.000 quilômetros por hora, rápido o suficiente para voar de Washington, capital dos Estados Unidos, a Tóquio, no Japão, em menos de um minuto.
"Nenhum objeto feito pelo homem jamais passou tão perto de uma estrela, portanto a Parker realmente enviará dados de um território desconhecido", disse Nick Pinkine, gerente de operações da missão no Laboratório de Física Aplicada (APL) da Johns Hopkins, na cidade de Laurel, estado de Maryland.
Em seu desafio às condições extremas, Parker tem ajudado os cientistas a desvendar alguns dos maiores mistérios do Sol: como se origina o vento solar, porque a coroa é mais quente do que a superfície abaixo e como se formam as ejeções de massa coronal (nuvens maciças de plasma ejetadas no espaço).
AFP e Correio do Povo
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