Investimento foi revertido em obras de recuperação, prevenção contra cheias atendimento a desabrigados e adaptação climática
Prestes a completar seis meses de atuação, o Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática de Porto Alegre apresentou um balanço dos trabalhos, nesta quinta-feira. Obras de infraestrutura, de recuperação e aperfeiçoamento do sistema de proteção contra as cheias, de prevenção e adaptação climática, transformação urbana e atendimento a famílias que perderem suas moradias demandam um investimento de R$ 1,2 bilhão. Até o momento, a prefeitura despendeu R$ 382 milhões, a União, R$ 130 milhões e o Estado, 7,5 milhões, o que já ultrapassa R$ 519 milhões.
“Imagina aquilo que se construiu ao longo da nossa história de 250 anos, de uma hora para outra, foi parcialmente destruído. Tivemos que nos reinventar, do ponto de vista de estrutura, criando, então, um programa para recuperar a cidade e reconstruí-la, mas ao mesmo tempo torná-la mais forte, mais preparada, mais resiliente. Então, o Escritório de Reconstrução atua muito no sentido de desenvolver, efetivamente, essas obras, esses equipamentos e, ao mesmo tempo, olhar a pauta da adaptação climática”, afirma secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, e coordenador do Escritório, Germano Bremm.
Infraestrutura – Foram mapeados 195 espaços públicos, 14 escolas, 18 postos de saúde, 134 praças, 29 espaços culturais, que necessitam de recuperação. 60 já foram concluídos, 52 estão em obras, e 132 em fase de contratação.
Mesmo com a necessidade de obras complementares, 173, isto é, 88% dos equipamentos públicos receberam limpeza ou reparos e estão em operação. Destaque para obras da Orla de Ipanema, do Lami e Trecho 3, que já iniciaram. Na educação, nove escolas já estão reformadas e outras cinco devem ficar prontas até o início do ano letivo de 2025.
Sistema de proteção - As 114 obras previstas para o atual sistema de proteção contra cheias exigem mais estudos e projetos de engenharia. 45 obras já estão em andamento, como a recuperação dos Diques Sarandi e Fiergs, oito já têm projeto executivo e sete, projeto básico. Os recursos previstos são da ordem de R$ 520 milhões. Mesmo necessitando de melhorias, as 23 Casas de Bombas da cidade estão em funcionamento.
Mudanças Climáticas - Para prevenção dos efeitos climáticos extremos, 17 iniciativas estão em andamento, como melhorias no sistema de proteção contra cheias e planos de preparação e mitigação de desastres climáticos e atualização dos planos de contingência para orientar a população sobre o que fazer em caso de risco. Também estão em andamento monitoramento de riscos, alertas e medição da qualidade do ar.
Habitação – O Escritório de Reconstrução trabalha para atender às medidas determinadas pelo governo federal para liberação de novas moradias de acordo com seus programas habitacionais. Até o momento, 4.750 laudos foram enviados ao governo federal, enquanto 1.944 moradias foram aprovadas. Em paralelo, a prefeitura aprovou 3.299 moradias populares a serem construídas. O programa Estadia Solidária beneficia, atualmente, 3.418.
Transformação Urbana - Para que as áreas mais atingidas estejam melhor preparadas, os técnicos de planejamento urbano trabalham em soluções adequadas para o uso do solo, como reassentamento e análise de recuperação de áreas, criação de parques lineares às margens do Arroio Passo das Pedras e Arroio Vila Elizabeth, junto às vilas Asa Branca e Farroupilha, e o desenvolvimento do Plano Urbanístico e Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável das Ilhas.
Correio do Povo
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