Há muitas pessoas que atualmente se revestem de artifícios ou excentricidades na sua aparência, (cabelos moicanos ou volumosos, encaracolados, calças rasgadas, etc.) para aparecer, chamar atenção sobre si, se ocultar, dissimular ou até encobrir a própria identidade. Mascaram-se, maquiam-se e ainda recorrem a tatuagens, piercings ou cirurgias plásticas para alterar a aparência natural, aquela que Deus lhe proporcionou.
Quem assim age para parecer diferente, naturalmente influenciado pelo ponto de vista do que os outros acham ou para atender os ditames da moda, está muito longe de ser livre, pois isto lhes traz apenas uma efêmera satisfação sem a mínima utilidade, que atende por conveniência pessoal um prazer passageiro e fugaz, que na realidade não condiz com a natureza de sua essência, cujo inconsciente cria uma satisfação-substituta que supostamente supre sua realidade.
Entretanto, nem sempre devemos mensurar ou criticar os excessos de liberdade de ninguém, pois a maioria não sabe o que é ser plenamente livre que, aliás, não consiste apenas em viver simplesmente independente das amarras ou dos estilos passageiros que ditam o modo de pensar, de parecer ou de não atender precípuos valores da sociedade, sem nenhum controle ou limite. Mas sim identificar os que são conduzidos por padrões estereotipados que falsificam a própria identidade, incapazes de serem mediadores na contenção dos ímpetos e de avaliar as próprias ações limítrofes, cujos anseios estão muito afastados da moderação e substituídos por fugazes emoções destituídas da plena consciência.
Esta crítica, ou análise poderá ser considerada por alguns de careta ou ultraconservadora, mas apenas reflete o uso do pleno direito de pensar diferente e opinar sem condenar ninguém, além disso, consiste também no parecer dos que consideram esses processos psíquicos de modernidade, cada vez mais freqüentes cujo excesso sugere sintomas neuróticos que em alguns casos extremados indicam certo transtorno mental caracterizado por desintegração da personalidade em conflito com a normalidade que pretende agredir a sociedade, com visual extravagante e diferenciado.
Plínio P. Carvalho
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