Após cinco anos de obras colossais, a Notre Dame de Paris voltou a abrir as portas em 7 de dezembro
Um número expressivo de fiéis foi, nesta terça-feira (24), à catedral de Notre Dame para assistir às primeiras missas de Natal desde o incêndio de 2019, que destruiu o templo, um monumento da arquitetura gótica.
Várias missas foram celebradas ao longo do dia antes da tradicional Missa do Galo, à meia-noite, neste templo católico com mais de 860 anos de antiguidade, restaurado e inaugurado no início do mês, após cinco anos de obras.
Uma centena de fiéis que aguardavam antes da primeira eucaristia entraram em fila no templo, onde um homem vestindo colete com a inscrição Notre Dame lhes advertia em inglês: "Just the mass, no visit!" (Apenas para missas, não para visitas).
Famílias e casais de toda a França e do exterior foram à catedral. "Costumava vir à missa aqui todos os anos durante dez anos antes do incêndio", disse Daniel James, comissário de bordo americano de 46 anos, morador de Seattle (EUA).
"Estou muito contente por voltar aqui, é tão mágico e especial, é um sentimento de esperança, de alegria", acrescentou.
Desde o incêndio que destruiu Notre Dame, em 15 de abril de 2019, não eram realizadas estas missas, nas quais os cristãos celebram o nascimento de Jesus na noite de Natal.
Julien Violle, um engenheiro de 40 anos que veio da Suíça com os dois filhos, explicou ter chegado cedo "para assistir à missa das 16h e encontrar um bom lugar. É um monumento magnífico".
"Simbólico"
Após uma vigília musical a partir das 22h (19h de Brasília), com o coro de Notre Dame, a tradicional Missa do Galo começará à meia-noite local (20h de Brasília), celebrada pelo arcebispo de Paris, Laurent Ulrich.
Valentine Guilleux, estudante de 21 anos que veio do oeste da França com a família para passar as férias, disse que estava na fila havia quase uma hora. "Mas vale a pena! É a primeira vez e, provavelmente, a única que assistirei à Missa do Galo em Notre Dame. É simbólico e muito importante para nós", explicou.
"Nossos corações estão em festa!", comemorou, em mensagem natalina, divulgada nesta terça, o arcebispo Ulrich, que prestou homenagem aos trabalhadores que restauraram a catedral e permitiram "apagar a dor do incêndio (...), deixando apenas a alegria do reencontro".
O acesso à famosa catedral, que reavivou o interesse do público com sua reabertura, permanece sujeito a um estrito limite de 2.700 frequentadores.
Após cinco anos de obras colossais, a Notre Dame de Paris voltou a abrir as portas em 7 de dezembro, com uma cerimônia da qual participaram várias personalidades, entre elas o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o dirigente ucraniano, Volodimir Zelensky.
Para os católicos, este Natal marca também o início do Jubileu, o "Ano Santo" de 2025 da Igreja Católica, inaugurado pelo papa Francisco no Vaticano. Espera-se que esta grande peregrinação internacional, organizada a cada 25 anos, leve a Roma mais de 30 milhões de fiéis.
AFP e Correio do Povo
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