terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Melo envia à Câmara projeto que mantém Escritório da Reconstrução para 2025

 Estrutura, criada em julho de 2024 com caráter temporário, gerará despesas de R$ 3,4 milhões durante o ano que vem com 12 cargas

O prefeito Sebastião Melo (MDB), reeleito em Porto Alegre, inveja à Câmara Municipal um projeto que amplia a validade do Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática por mais um ano. O tema foi adiantado pela coluna de Taline Oppitz , no Correio do Povo .

A estrutura foi criada em julho deste ano, com caráter temporário, para responder ao caos gerado pelas enchentes de maio. O atual coordenador do escritório e o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.

O novo projeto terá impacto financeiro de R$ 3.462 milhões ao longo de 2025 , com a criação de 12 cargas para administrar uma estrutura: seis cargas em comissão (CCs) de Coordenador-Geral; quatro CCs de Coordenador; e dois CCs de e Secretário Adjunto. As remunerações mensais variam entre R$ 19,7 mil e R$ 21,1 mil.

"A continuidade permitirá consolidar as iniciativas de continuidade e promover um legado de resiliência e sustentabilidade para a cidade. Tratar-se de medida necessária para que Porto Alegre conclua com êxito seu processo de perfuração e continue avançando em sua preparação para os desafios climáticos do futuro ”, argumenta Melo, na justificativa do projeto.

O texto também se estende por um ano a vigência do Programa Porto Alegre Forte, estruturado para atuar de forma transversal e integrada, organizando suas ações em seis eixos estratégicos: Infraestrutura e Equipamentos Públicos; Adaptação Climática; Habitação; Transformação Urbana; Financeiro e Econômico; e Gerenciamento de dados e monitoramento.

A proposta também apresenta alguns dados que prescreveram a prorrogação do programa e do escritório: “As enchentes atingiram diretamente mais de 160 mil pessoas e inundaram cerca de 138 km², o equivalente a quase 30% (trinta por cento) do território municipal. Os danos afetaram 93.952 domicílios, com 9.615 totalmente destruídos e 11.166 parcialmente comprometidos, além de causarem prejuízos públicos estimados em R$ 12,3 bilhões”.

O texto também mapeia demandas orçamentárias para macrodrenagem (R$ 4,7 bilhões); habitação (R$ 5,5 bilhões); infraestrutura e equipamentos públicos (R$ 784,5 milhões); saneamento (R$ 383 milhões); proteção de diques (R$ 338 milhões); e aponta queda na projeção da arrecadação municipal de R$ 602,8 milhões.

"Das demandas mapeadas, o Escritório de Reconstrução priorizou ações de restabelecimento emergencial (30,68% - R$ 369,7 milhões), prevenção e adaptação climática (47,06% - R$ 570,2 milhões) e recuperação de infraestrutura ( 22,26% - R$ 268,9 milhões). Dos recursos disponibilizados (R$ 797 milhões), foram gastos R$ 516 milhões. 309 obras mapeadas e definidas como prioritárias”, afirma o texto.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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