domingo, 22 de dezembro de 2024

Mais resistente a cheias, nova ponte sobre o rio Caí é inaugurada em cerimônia com Leite e ministros

 Estrutura entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis tem 180 metros de comprimento por 13 metros de largura e foi concluída em seis meses, substituindo ponte levada pelas enchentes de maio



Foi inaugurada, na manhã deste sábado, a nova ponte sobre o rio Caí, na divisa entre os municípios de Caxias do Sul em Nova Petrópolis, na Serra. O ato contou com a presença dos ministros dos Transportes, Renan Filho, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, do governador Eduardo Leite, prefeitos da região, deputados, demais autoridades e moradores. A obra foi feita em seis meses, com investimentos de R$ 31 milhões do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e execução pela Construtora Cidade. A previsão de liberação para o trânsito é para o final desta tarde.

A ponte anterior havia sido destruída com as enchentes de maio, e a nova volta a conectar o destino turístico da Encosta da Serra com o maior polo industrial metalmecânico do Rio Grande do Sul. A construção tem pouco mais de 180 metros de comprimento e 13 metros de largura, sendo um metro mais alto do que a estrutura antiga e 1,5 metro superior à cota de cheia na região, contando ainda com tecnologias de engenharia nas estacas que causam menos impacto da água e dos sedimentos.

Ao todo, 120 funcionários trabalharam nas obras, inclusive vindos de locais como o Pará, devido à expertise em obras do gênero. A cerimônia de inauguração contou com o descerramento de uma placa, corte da fita e ainda uma homenagem às moradoras Juceli Boschetti e sua mãe, Ilsi Boschetti, que moram ao lado da ponte e cederam parte do terreno para a construção do canteiro de obras.


“Temos hoje muito a comemorar”, disse o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico. “Vocês estão escrevendo hoje uma página na história desta região, porque esta ponte é determinante para o desenvolvimento econômico e o turismo deste local, um dos mais importantes em termos de industrialização”. Para Pimenta, a obra é “histórica, difícil e que pouca gente acreditava que fosse possível a entrega antes do Natal”. “Estamos aqui cumprindo a palavra e mostrando para o povo gaúcho o compromisso do governo federal com esta reconstrução”, comentou, ressaltando ainda outras ações governamentais.

“Mais de 80 mil vidas foram salvas, mais de R$ 100 bilhões disponibilizados para o Estado. Mais de 45 mil empresas do Rio Grande do Sul acessaram dinheiro com crédito barato, com juro negativo”. Ele disse ainda que, na próxima semana, retorna ao RS para assinar o contrato de R$ 6,5 bilhões para a construção do sistema de proteção contra cheias na região metropolitana. Renan afirmou que o trecho é importante para a vida das pessoas da região e salientou que “estamos preparados para esta reconstrução”. Conforme o ministro dos Transportes, estão previstos R$ 3 bilhões em investimentos em estradas em 2025. “Prometi para os moradores que voltaria para esta inauguração antes do Natal e aqui estamos. Esta reconstrução é, antes de tudo, um ato fundamental para a união de esforços como temos feito aqui, o governo federal, estadual e municípios”, disse.

Já Leite celebrou ainda a celeridade da obra, e salientou que é preciso “união”. “Não pode ter divergência política, diferença de pensamento, que possa fazer um povo se desunir, como muitas vezes ocorre no debate político. Nesta calamidade, nossa sociedade foi toda atingida, porque, quem não foi diretamente, o foi na alma, e a gente sofreu muito naqueles meses. Encerramos o ano não com a marca da desesperança, ou do desalento, ou da dor, mas sim com o sentimento mais profundo da capacidade de superação”, afirmou o governador.

Correio do Povo

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