domingo, 8 de dezembro de 2024

Líder rebelde na Síria afirma que 3,5 mil prisioneiros foram libertos na cidade de Homs

 Governo já perdeu controle de outras localidades no país



Um comandante da aliança rebelde que lançou uma ofensiva fulminante na Síria, Hassan Abdel Ghani, afirmou que suas forças entraram em Homs, a terceira maior cidade do país, e libertaram mais de 3.500 prisioneiros de sua principal prisão.

“Nossas forças (...) conseguiram libertar mais de 3,5 mil prisioneiros da prisão (...) de Homs”, declarou o líder rebelde no Telegram. “O processo de avanço e varredura dos bairros da cidade está atualmente em andamento”, acrescentou.

Ofensiva

As forças do governo sírio perderam o controle da província de Daraa, no sul do país, em um novo golpe para o regime de Bashar al-Assad.

O comandante Hassan Abdel Ghani, da aliança rebelde liderada pelo grupo islamista Hayah Tahrir al Sham (HTS), declarou que suas forças estão "a menos de 20 quilômetros da entrada sul da capital Damasco".

Em mais de 13 anos de guerra civil, as forças de Bashar al-Assad, nunca perderam tantas cidades essenciais em tão pouco tempo.

Em um comunicado, o exército sírio anunciou que suas tropas mobilizadas em Daraa e Sweida, outra província do sul, estão sendo "realocadas para estabilizar um perímetro de segurança".

"Derrubar o regime"

Desde o início da ofensiva em 27 de novembro de uma aliança islamista liderada pelo grupo HTS, o governo perdeu o controle da segunda maior cidade síria, Aleppo, e também de Hama, no centro do país.

Os rebeldes se aproximam de Homs, a terceira cidade mais populosa do país, a 150 quilômetros de Damasco, onde o OSDH e os moradores relataram a fuga de dezenas de membros da minoria alauita, à qual pertence o clã Al-Assad.

"O medo domina a cidade", afirmou por telefone à AFP Haidar, um morador de um bairro alauita de Homs.

O exército sírio anunciou uma operação no norte da província de Homs com a ajuda da "aviação e artilharia sírio-russa". Segundo o OSDH, os bombardeios contra posições próximas de Homs mataram 20 pessoas.

AFP e Correio do Povo

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