sábado, 21 de dezembro de 2024

Bacalhau: conheça a história do rei da mesa de Natal portuguesa

 O amor pelo peixe movimentou até o governo no século passado



Bacalhau à Zé do Pipo, Bacalhau com Natas ou Bacalhau à Brás. As receitas são muitas e um verdadeiro hit nas principais comemorações religiosas ou não em Portugal. E no Natal não podia ser diferente na terrinha, onde um dito popular destaca que há tantos tipos de preparo do peixe salgado quanto dias do ano.

Apesar de ser um prato típico local, a maior parte do bacalhau consumido pelos portugueses vem da Noruega ou Islândia. O amor pelo peixe, que já foi chamado inclusive de pão dos mares, movimentou até o governo no século passado.

"Na ditadura de Salazar, decidiu-se dar um impulso à frota pesqueira do bacalhau, organizando uma série de campanhas de propaganda incentivando os portugueses a sair e trazer para casa o que era conhecido como ‘o pão dos mares’, e foi durante estes períodos de grandes campanhas de pesca nas décadas de 50 e 60 que se sentiu o crescimento do consumo de bacalhau", explica Claudia Gomes, diretora do centro de interpretação da história do bacalhau.

Portugal consumiu quase 55 mil toneladas de bacalhau no ano passado, uma média de cerca de seis quilos por habitante. De acordo com a Associação da Indústria do Bacalhau, um terço das vendas ocorre na época do Natal.

Quase 20% do consumo mundial do peixe é em Portugal

Introduzido em Portugal no século XVI, o bacalhau salgado representava uma fonte de alimento nutritivo e não perecível para os marinheiros nas suas longas expedições marítimas às Américas e à Ásia.
No início, o peixe era um alimento exclusivo da aristocracia, mas gradualmente tornou-se popular também entre as classes mais baixas à medida que a oferta aumentava, baixando os preços.

Portugal é responsável por quase 20% do consumo mundial do bacalhau.
Um setor que emprega mais de 2.500 pessoas no país, com vendas no valor de 500 milhões de euros no ano passado.

Correio do Povo

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