domingo, 29 de dezembro de 2024

Avião cai na Coreia do Sul e deixa pelo menos 179 mortos

 Aeronave tentava aterrissar no aeroporto de Muan, localizado no sudoeste do país



Um avião com 181 pessoas a bordo caiu no aeroporto de Muan, na Coreia do Sul, informou a agência de notícias Yonhap neste domingo (29, noite de sábado no Brasil). De acordo com as autoridades locais, ao menos 179 pessoas morreram no acidente.

Segundo a CNN, dois integrantes da tripulação sobreviveram e foram encaminhados ao hospital. A aeronave transportava 175 passageiros e 6 membros da tripulação.

"Dos 179 mortos, 65 foram identificados", explicaram os bombeiros, especificando que os testes de DNA continuam. Os sobreviventes são dois tripulantes que foram resgatados do avião em chamas, logo após ter feito um pouso de emergência.

acidente teria sido causado por "contato com pássaros, resultando em uma falha no trem de pouso" enquanto o avião tentava aterrissar no aeroporto. Em vídeo divulgado após a tragédia, a aeronave explode ao se chocar contra um muro.

Uma foto mostra a parte traseira do avião em chamas no que parece ser a lateral da pista, com bombeiros e veículos de emergência por perto.

O Ministério dos Territórios indicou que a torre de controle avisou à tripulação que havia ocorrido uma colisão com aves. O piloto emitiu uma mensagem de alerta ("Mayday"), pouco antes de o aparelho cair ao pousar.

"Presume-se que a causa do acidente tenha sido uma colisão com pássaros, combinada com condições climáticas adversas", disse Lee Jeong-hyun, chefe dos bombeiros de Muan, uma cidade a cerca de 290 quilômetros ao sul de Seul.

"No entanto, a causa exata será anunciada após uma investigação conjunta", acrescentou.

A rede de televisão local MBC mostrou imagens do pouso do avião da Jeju Air, um Boeing 737-8AS, de acordo com o Flight Radar, com fumaça saindo de seus motores antes de ser envolvido em chamas ao colidir com uma barreira.

Difícil identificação

Um bombeiro explicou aos familiares das vítimas que "os passageiros foram ejetados do avião após colidirem com a barreira, deixando poucas chances de sobrevivência". "O avião ficou quase totalmente destruído e é difícil identificar" os restos mortais, acrescentou o oficial.

Um fotógrafo da AFP viu um bom número de veículos dos serviços de emergência e dezenas de bombeiros trabalhando em torno dos restos do avião que, com exceção da cauda, estava completamente queimado. Restos de assentos e malas cobriram parcialmente o asfalto.

No terminal, parentes e amigos enlutados aguardavam informações sobre seus entes queridos, aos prantos. Nas telas que geralmente informam sobre saídas e chegadas de voos apareciam os nomes, datas de nascimento e nacionalidade das vítimas.

O chefe de Estado interino, Choi Sang-mok, nomeado na sexta-feira em um país abalado por uma grave crise política, presidiu uma reunião governamental de emergência e visitou Muan à tarde.

"Todas as agências envolvidas (...) devem mobilizar os recursos disponíveis para salvar as pessoas", disse Choi em um comunicado.

A fabricante do avião, Boeing, indicou que está em contato com a Jeju Air e "disposta" a prestar apoio. A Jeju Air, uma companhia aérea sul-coreana de baixo custo, pediu desculpas pelo acidente.

"Na Jeju Air faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para responder por este acidente. Pedimos sinceras desculpas", afirmou a empresa, criada em 2005.

Acidentes raros na Coreia

Acidentes de avião são muito raros na Coreia do Sul. O mais mortal até agora no país foi o de um Boeing 767 da Air China vindo de Pequim que caiu em uma colina perto do aeroporto de Busan-Gimhae em 15 de abril de 2002, deixando 129 mortos.

Os choques com pássaros durante o voo são um perigo real, principalmente quando se trata de aviões a jato, pois a potência de seus motores pode diminuir rapidamente, ou até mesmo parar completamente, caso ocorra esse tipo de incidente.

Em 2009, um Airbus A320 da US Airways teve que fazer um pouso de emergência no rio Hudson, em Nova York, depois que seus dois jatos pararam após aspirar pássaros. O acidente, conhecido como o "Milagre do Hudson", não deixou ninguém morto.k



AFP e Correio do Povo

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