sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Recursos federais para educação aumentam 8% em 9 anos

 Desde 2013, os repasses federais para Educação subiram de R$ 452 bilhões para R$ 490 bilhões, conforme dados do Anuário Brasileiro



Os gastos do governo brasileiro com educação cresceram 8%, em valores já deflacionados, no período de 2013 a 2022. Passaram de R$ 452 bilhões para R$ 490 bilhões. Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica, divulgado nesta semana pela ONG Todos Pela Educação, Fundação Santillana e Editora Moderna. A publicação reúne referências do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Educação (MEC), além de análises informacionais.

Os valores aplicados no setor se referem a despesas do governo federal em três esferas: União, estados e municípios. Relativo ao que representam em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), as despesas que ocorreram com Educação mantiveram-se estáveis, entre os anos de 2013 e 2018, chegando a atingir 5% do PIB. A partir de 2019, as despesas tiveram uma redução. No entanto, voltaram a representar 4,9% do PIB, em 2022.

Ainda de acordo com o balanço, o ano de 2022 foi recordista no aumento do investimento em educação nos últimos dez anos. Foram R$ 490 bilhões destinados à área educacional, um aumento de 23%, em relação a 2021. A maior parte do montante (73,8%) foi destinada à Educação Básica.

Custo por aluno

Observando os custos por estudante da Educação Básica, a pesquisa aponta que o Brasil investiu, no ano de 2023, uma média anual de R$ 12,5 mil por aluno. Esse valor é maior que o de 2013, quando o país investia R$ 8,3 mil. Em 2023, a média variava nos estados, de R$ 9,9 mil, no Amazonas, a R$ 15,4 mil, em Roraima.

Conforme o anuário, considerando os municípios, em 2013 45,9% dos entes federativos gastaram até R$ 8 mil por aluno da Educação Básica. Em 2023, os valores investidos por aluno aumentaram, e o percentual de entes pagando R$ 8 mil caiu para 1,7%. O relatório atribui tal aumento a políticas federais de financiamento mais redistributivas, como o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Correio do Povo

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