domingo, 17 de novembro de 2024

Navios seguem fundeados no Canal de Itapuã e sem previsão para serem liberados

 Praticagem afirma que o nível do Guaíba atingiu 53 centímetros neste sábado e é o mais baixo até agora



A situação dos navios fundeados no Canal de Itapuã, em Viamão, entre a Lagoa dos Patos e o Guaíba, segue sem solução neste sábado (16). Segundo o diretor de praticagem da Lagoa dos Patos, Geraldo Almeida, o nível do Guaíba atingiu 53 centímetros (em relação ao Cais do Porto), o mais baixo registrado até o momento, o que impossibilita a navegação das embarcações com calado superior a cinco metros, como o Mount Taranaki e o EVA Shanghai, que permanecem na área desde o final de outubro.

De acordo com Almeida, o próximo passo depende das condições climáticas. “Precisamos que comece a soprar o vento Sul, o que está previsto para segunda-feira à tarde. Até lá, não podemos fazer nada além de aguardar ou que o governo assine o contrato com a draga para operar nos canais”, afirmou. A dragagem emergencial da região foi anunciada pelo governo estadual no início do mês, mas ainda não há prazos definidos para o início das operações.

Os navios estão fundeados após terem sido desencalhados com a ajuda de rebocadores e equipes especializadas, mas o baixo nível do rio impede que sigam viagem até Porto Alegre. As cargas de cevada e fertilizantes aguardam condições adequadas para avançar, enquanto os prejuízos para a navegação interior do estado continuam a crescer.

A situação impacta diretamente o custo logístico das operações e aumenta os transtornos. Na próxima semana, as chuvas previstas para a região podem ajudar a elevar o nível do Guaíba, possibilitando o deslocamento das embarcações.

O canal de Itapuã tem profundidades médias de 6,5 metros, ideais para navios com calado semelhante ao dos dois fundeados navegarem, mesmo quando o Guaíba passa por períodos bem secos. Hoje, porém, existem trechos críticos com profundidades em torno de 5 metros, como no ponto, insuficiente para navegação.

A medição deste sábado, que aponta 73 centímetros, tem relação com a régua do Cais do Porto. Mesmo quando o nível da régua é zero, ainda deveria existir profundidade em torno de 6,5 metros na hidrovia utilizada. No Canal Itapuã, o assoreamento deixou em torno de 5 metros, o que é insuficiente para grandes navios navegarem.

Correio do Povo

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