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sábado, 2 de novembro de 2024

Navio encalhado no canal de Itapuã não tem previsão para ser retirado

 Embarcação Mount Taranaki, de bandeira de Hong Kong, está parado na saída do rio Guaíba desde quinta-feira

Navio Inoi, com bandeira do Panamá, está atracado no porto de Porto Alegre aguardando a retirada do graneleiro Mount Taranaki, que encalhou no canal de Itapuã 

Com contribuição da repórter Paula Maia

O navio graneleiro Mount Taranaki, com bandeira de Hong Kong, encalhado desde a manhã de quinta-feira no canal de Itapuã, em Viamão, entre a Lagoa dos Patos e o rio Guaíba, segue causando transtornos na navegação gaúcha. Navios rebocadores já estão na área para auxiliar a embarcação, que vinha da Argentina com carga de cevada cervejeira, a sair do local, e liberar a circulação de outros navios, mas podem não ser suficientes. A Portos RS confirma não haver previsão para sua retirada.

Ao menos um, o Inoi, com bandeira do Panamá, está atracado no porto de Porto Alegre aguardando a saída. Ele já descarregou a carga de fertilizantes. Outro, o Eva Shanghai, também panamenho, mas que trazia carga similar de fertilizantes, está fundeado, ou ancorado, no mesmo canal de Itapuã, aguardando a retirada do Mount Taranaki, que tem 175 metros de comprimento e 29 metros de largura. “A situação piorou. É uma prova do descaso com nossas hidrovias”, comentou o presidente da Associação Hidrovias RS, Wilen Manteli.

Ocorre que o local onde o navio está encalhado está com 60 centímetros de água no começo da tarde desta sexta, contra 50 centímetros nesta manhã, segundo o prático Geraldo Almeida, com décadas de experiência na navegação no rio Guaíba. “Precisa de um metro de água para sair, e a previsão é que isto somente ocorra de quarta para quinta-feira”, afirma ele. Ainda conforme Almeida, outros navios estão previstos para circular até o final de semana, inclusive com saída e chegada no Polo Petroquímico de Triunfo. O vento é de quadrante nordeste, considerado “normal” para esta época do ano, e que deverá permanecer até a próxima semana.

A manutenção das hidrovias é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo o superintendente do órgão no RS, Hiratan Pinheiro da Silva, já foram feitas reuniões de navegação de interior, praticagem e Portos RS. “Estamos trabalhando na formatação do contrato que irá atender as demandas emergenciais”, disse ele. Já a CatSul disse que o catamarã não é afetado pelo problema.

Correio do Povo

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