quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Homem em surto mobiliza operação no Centro Histórico de Porto Alegre

 Bombeiro ficou ferido ao cair enquanto fazia rapel para conter idoso


Uma ocorrência chamou a atenção de quem passava pelo Centro Histórico na tarde desta quarta-feira. Isso porque um quarteirão inteiro foi interditado para o atendimento de uma ocorrência de homem em surto na rua Marechal Floriano Peixoto, próximo à esquina com a rua Jerônimo Coelho. O fato teria iniciado ainda pela manhã, mas o homem só foi contido por volta das 15h.

Segundo familiares do homem, de 53 anos, ele teria entrado em surto por recusar ser internado em um hospital psiquiátrico, ameaçando pular da sacada. Durante a ação, ele ainda teria despejado óleo de cozinha na entrada do prédio para evitar que o local fosse acessado pelas forças de segurança.

A ocorrência mobilizou a Brigada Militar, o Corpo de Bombeiros e a EPTC. Os bombeiros precisaram fazer rapel para conter o homem, que foi encaminhado para internação após passar por atendimento médico. Um dos militares ficou ferido ao cair enquanto tentava realizar a manobra para resgatar o homem em surto.

O bombeiro foi atendido no local e encaminhado por uma ambulância para atendimento médico no Hospital de Pronto Socorro com uma fratura no tornozelo. O militar passará por mais exames nas próximas horas. Após a conclusão da ocorrência, vizinhos precisaram limpar a entrada do prédio com areia, água e sabão para retirar o óleo de cozinha. Eles também relataram que este não foi o primeiro transtorno causado pelo homem, mas o de maior gravidade até o momento.

Dificuldades no Centro Histórico

A necessidade de fechar todo o perímetro para o atendimento da ocorrência causou transtornos no trânsito de veículos e na circulação de pedestres. Eram diversos os relatos de pessoas que não conseguiam retornar para casa, chegar ao trabalho e retirar o carro das garagens que ficam na região durante o cerco.

Moradora da rua Duque de Caxias, Cláudia Graeff foi uma das poucas que conseguiu furar o isolamento para levar sua cachorra para um atendimento de emergência em uma clínica veterinária na rua Marechal Floriano. “Consegui a muito custo. A minha cachorra está com um ferimento inflamado e precisava do atendimento. O pessoal na clínica também precisou cancelar muitos atendimentos. Isso causou um transtorno muito grande”, relatou.

Júlia Soares e Andrenise Vargas, funcionárias de uma ferragem na Marechal Floriano também precisaram aguardar por cerca de duas horas para chegar ao trabalho. “A loja está fechada. Com todo o isolamento, também não tem freguesia”, contou Júlia. “É difícil porque a gente precisa trabalhar. Têm pessoas que não conseguem voltar para casa, outras precisam fazer toda uma volta na quadra”, lamentou Andrenise.


Correio do Povo

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