“Assim que ele der a autorização, estamos prontos para dar publicidade aos detalhes”, afirma ministro
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 13, que o valor do pacote de corte de gastos que está em elaboração pelo governo será "expressivo" e reforçará o conceito de que todas as despesas devem, na medida do possível, ser incorporadas ao que prevê o arcabouço fiscal. Questionado se isso significa que essas despesas devem seguir a regra geral do arcabouço, que limita o crescimento dos gastos a 2,5% ao ano acima da inflação, Haddad respondeu que devem "seguir a mesma regra ou alguma coisa parecida com isso".
"Mas que atende exatamente o mesmo objetivo", disse o ministro, que não quis antecipar detalhes do pacote. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o pacote deve incluir a adequação da política do aumento do salário mínimo ao arcabouço fiscal. Em junho, o Estadão revelou que um "cardápio" de medidas com essa trava de 2,5% estava em preparação para ser apresentado ao presidente, logo após um forte movimento de alta da moeda americana.
Quatro meses depois, as propostas amadureceram e estão próximas do anúncio. Haddad foi questionado sobre a inclusão ou não de mudanças no seguro-desemprego, mas respondeu que não responderia a pontos específicos sobre o que será anunciado pelo governo e m adiantaria o volume do impacto fiscal das medidas.
"Quando chegar a data eu vou anunciar em detalhes, mas o espírito geral, vocês já conhecem, que é algo que eu estou defendendo muito antes dos debates com os ministérios começarem. A ideia de que para o arcabouço fiscal dar certo, ele tem que ser reforçado num segundo momento", afirmou o ministro a jornalistas após se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). "Tinha a regra geral que foi estabelecida no ano passado e agora aquilo que está saindo da regra geral, nós temos que procurar colocar dentro desse mesmo guarda-chuva, para que ele seja sustentável no tempo. Esse é o princípio", afirmou.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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