Advogada ensina as melhores práticas para reconhecer fraudes e aproveitar as promoções
As promoções da Black Friday já estão impulsionando compras em lojas online e físicas e devem atingir ainda mais clientes nesta sexta-feira. Uma pesquisa do Mercado Livre e do Mercado Pago apontou que 85% dos brasileiros pretendem aproveitar a Black Friday para fazer compras com preços atrativos - e não apenas no dia 29. Já um levantamento da Fecomércio-RS mostrou que as promoções devem alcançar 45% dos gaúchos.
Contudo, uma pesquisa da Branddi, especialista em soluções de proteção para marcas, aponta que os golpes aos consumidores cresceram e que o número de sites falsos é três vezes maior que no mesmo período de 2023. A cada ano, as fraudes ganham novos formatos e, se houver um pequeno descuido, são capazes de atingir até mesmo os clientes mais bem treinados e habituados às compras pela internet.
Por isso, a advogada Larissa Nishimura, especialista em direito do consumidor do Escritório Batistute Advogados, orienta sobre como evitar fraudes. “A intenção de compra de produtos em promoção na Black Friday aumenta a cada ano entre os brasileiros, muitas vezes, na mesma proporção dos golpes aplicados através de sites falsos ou de ofertas fraudulentas. Por isso, o consumidor deve redobrar a atenção para evitar cair em golpes”, ressalta Larissa.
De acordo com ela, dar preferência por lojas físicas, de marcas conhecidas, ainda é a maneira mais segura de garantir que a compra não seja um golpe. Outra alternativa é sempre pesquisar em sites que registram reclamações sobre as reputações das marcas e lojas virtuais.
A especialista também orienta a desconfiar de sites cujos nomes e endereços sejam escritos de maneira muito parecida com os de marcas nacionalmente conhecidas ou que tenham erros de grafia ou ortografia.
“Normalmente, para enganar o consumidor, os golpistas utilizam nomes, letras, cores e logomarcas parecidas com as grandes marcas, além de endereços eletrônicos com erros de português ou inexistentes”, afirma.
Larissa pondera que o cliente desconfie também de descontos que parecem muito bons ou de condições de pagamento fora da praticada no mercado. Segundo a advogada, uma pesquisa rápida por diversos outros sites pode ajudar a perceber se é uma oferta golpista.
“É comum que golpistas patrocinem publicações com falsas promoções e muita gente acaba comprando um produto fictício. Por isso, é preciso estar atento e desconfiar de promoções com valores muito abaixo dos praticados no mercado”, diz. Ela ressalta, ainda, que é preciso tomar cuidado com os links vistos pelas redes sociais, já que “são as que mais levam os consumidores a sites golpistas”.
⚠️ Veja 7 dicas para não cair em golpes na Black Friday:
1) Dê preferência para as compras em lojas físicas;
2) Opte por marcas conhecidas;
3) Pesquise sobre a reputação das marcas em sites de reclamações;
4) Desconfie de sites cujos nomes e endereços sejam escritos de maneira muito parecida com os de marcas nacionalmente conhecidas ou que tenham erros de grafia ou ortografia;
5) Desconfie de descontos que parecem muito bons;
6) Desconfie de condições de pagamento fora da praticada no mercado;
7) Tome cuidado com links patrocinados nas redes sociais.
Correio do Povo
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