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sábado, 2 de novembro de 2024

Aberta a Feira do Livro que ressurge das águas

 Com a passagem da chave, do troféu e das flores do patrono de 2023, Tabajara Ruas, para o patrono desta edição, Sergio Faraco, foi aberta oficialmente ontem a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre



A Feira do Livro de Porto Alegre foi aberta ontem na Praça da Alfândega, com uma solenidade ao final da tarde que contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do patrono desta 70ª edição, Sergio Faraco, do presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, da representação do governo da Paraíba, estado homenageado, entre outras autoridades. Estão instaladas 72 bancas, além dos espaços para sessões de autógrafos e o Teatro Carlos Urbim, para apresentações culturais e atividades para estudantes. Com o tema “O tempo passeia por aqui”, o evento segue até o dia 20 de novembro, das 10h às 20h.

Ledur falou que a Feira representa a retomada do setor livreiro após a tragédia climática. “A Feira ressurge das águas.” O patrono da edição de 2023, Tabajara Ruas, deu as boas-vindas a Sergio Faraco e o chamou de “cavalheiro da fronteira”. Em seu discurso, resgatou características de personagens de textos do novo patrono, como moças tristes e pássaros inquietos.

Após receber de Ledur o troféu da Feira do Livro, Faraco ganhou das mãos de Ruas a chave dourada da Feira e o sussurro ao pé do ouvido do segredo que o homenageado anterior entrega ao atual. Após agradecer o convite para ser o patrono, Faraco lembrou de forma especial da sua editora há quase 40 anos, a L&PM, e da sua família. “O que seria de nós sem os livros?”. Foi com esta frase que Faraco começou seu discurso. Ressaltou que o livro foi, ao longo da história, o meio de transferir o conhecimento entre gerações. Mas ressaltou que o homem tanto escreve como destrói livros. “Na contemporaneidade, não se incendeia livros, mas fecham-se bibliotecas e livrarias”, o que pode ser tão triste quanto as cinzas. “Precisamos de bibliotecas, livrarias e feiras como esta”, afirmou, concluindo com a sugestão: “que salvemos os livros, para que nos salvem”.

Uma das primeiras atividades do patrono ocorre neste sábado. Trata-se de uma oficina ministrada pela professora e crítica Léa Masina, que celebra a obra e a representatividade de Faraco na literatura gaúcha e brasileira, O evento está marcado para as 14h, no Auditório Barbosa Lessa do Espaço Força e Luz (Rua dos Andradas, 1223).

Correio do Povo

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