Vice na chapa de Brizola criticou gestão de Melo e disse estar distante “ideologicamente” de Maria do Rosário
Vice Juliana fez críticas às duas candidaturasCoube ao deputado estadual Thiago Duarte (União Brasil), candidato a vice na chapa de Juliana Brizola (PDT), fazer a avaliação, na noite deste domingo, do resultado da eleição para a prefeitura da Capital. Thiago estava acompanhado do presidente municipal do PDT, José Vecchio. Eles se manifestaram na sede dos trabalhistas, na rua Félix da Cunha. Juliana não compareceu. Conforme a assessoria, ela preferiu permanecer em casa com familiares.
À frente de uma coligação que se colocou ao centro político e, pelo menos oficialmente, reunia, além de PDT e União, também a federação PSDB/Cidadania, a deputada ficou em terceiro lugar na disputa pelo Paço municipal. Diferentes pesquisas de intenção de votos a mostravam em uma corrida ‘apertada’ com a candidata petista, Maria do Rosário, que acabou levando a melhor, e por uma diferença superior àquela apontada nas sondagens.
Em sua manifestação, Duarte agradeceu aos votos e ao apoio recebidos nas ruas da Capital. Ele também considerou que “não faltou nada” para que a chapa passasse ao segundo turno. “Às vezes, apenas não é o momento. Mas tenho certeza de que nossa hora vai chegar”, resumiu.
Questionado sobre como se posicionará no segundo turno da eleição na Capital e como deve se colocar seu partido, o deputado afirmou que o União Brasil vai tomar sua decisão “de forma democrática”. Mas ressalvou que os apoios a um ou outro candidato também são de foro pessoal. E emendou que não se sente confortável em apoiar nenhum dos dois concorrentes que passaram para a segunda etapa do pleito.
“O atual prefeito tem situações importantes de suspeita de desvio de recursos públicos. Sua administração tem problemas de competência nas principais secretarias, como a da Educação e a da Saúde. Os números da gestão, principalmente os da saúde, me distanciam léguas desta administração”, listou o parlamentar em relação a Sebastião Melo (MDB).
Ele também se disse distante de Maria do Rosário (PT). “O que representa a candidatura do PT eu, de foro íntimo, tenho dificuldades ideológicas de acompanhar. Tenho muitas dificuldades. Até por isso construímos uma candidatura alternativa e falamos sempre que ela era a única alternativa”, considerou.
O presidente municipal do PDT, por sua vez, informou que será levada em conta a opinião de Juliana e reunidas as direções nacional, estadual e municipal do partido para deliberar a respeito de qual posicionamento a sigla deverá adotar. “Não podemos neste momento externar nenhuma posição, porque ela obviamente passa por todas essas instâncias”, destacou.
Questionado sobre em quanto tempo este posicionamento deve ocorrer, já que a campanha do segundo turno é curta, com 20 dias de duração, Vecchio adiantou que ainda na noite do domingo, após a manifestação na sede do partido, conversaria com Juliana, com o ministro Carlos Lupi, com o presidente estadual licenciado, Romildo Bolzan Júnior, e com o presidente em exercício, o deputado federal Pompeo de Mattos, para tratar dos encaminhamentos. “Pretendemos, dentro do possível esta semana ainda, convocar o partido para deliberar sobre Porto Alegre”, assinalou.*
Correio do Povo
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