Em atos finais de campanha, candidato à reeleição dialogou com eleitores, encontrou adversários na rua e assistiu a embates entre militantes na capital gaúcha
Atual prefeito, Sebastião Melo é candidato à reeleição em Porto AlegreO prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pôde se traduzir totalmente em candidato nesta última sexta-feira de campanha em primeiro turno. Com múltiplas agendas externas, o candidato reuniu apoiadores em caminhadas que duram até a noite.
O dia do emedebista iniciou com uma caminhada na avenida Independência. Em seguida, desceu de carro para o Centro Histórico, onde encontrou apoiadores em frente ao Pop Center e começou mais uma caminhada pela rua Voluntários da Pátria, local de intensa movimentação e comércio.
Durante este trajeto, que também passou pela rua Vigário José Inácio, Chalé da Praça XV e avenida Borges de Medeiros, foi parado diversas vezes por simpatizantes para fotos e breves conversas, seja para demonstrar apoio ou para cobrar alguma medida em seus bairros de residência.
Ao decorrer da agenda, representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RS) fizeram a entrega de uma cartilha com propostas e soluções para o Estado e municípios gaúchos. O encontro foi um acaso, pois representantes do conselho estavam no local para uma outra agenda. O Crea informou que tinha evento marcado com o candidato, mas que por questões da agenda de Melo, precisou ser cancelado. O conselho entregou a mesma cartilha aos demais candidatos.
Nestas agendas partidárias de final de campanha, o Correio do Povo está fazendo a mesma pergunta aos principais concorrentes ao Paço Municipal, questionado por que os candidatos acreditam ser a melhor alternativa para Porto Alegre.
"Nós fomos um prefeito que pegamos a cidade num momento muito difícil do Covid e a reerguemos. Fizemos muitas transformações sociais e econômicas. Estou mais preparado e experiente para fazer mais mudanças e melhorias na cidade. Por isso, ofereço meu nome para continuar esse projeto que estava dando certo”, respondeu Melo.
Até então, o clima era de festa e alegria. O ápice da cordialidade eleitoral foi quando Melo encontrou o petista Miguel Rossetto, adversário político de Assembleia Legislativa e de eleição — Rossetto fora o vice da chapa encabeçada por Manuela d’Ávila, que protagonizou o segundo turno contra o atual prefeito em 2020. Ambos se cumprimentaram, trocaram afagos, desejaram sorte um ao outro na campanha e Rossetto entregou um panfleto de Maria do Rosário a Melo.
Outro encontro com adversário foi com o vereador Roberto Robaina (PSol) líder da oposição na Câmara Municipal, que passou em cima de um carro de som junto à deputada estadual Luciana Genro, do mesmo partido. O vereador proferiu algumas críticas diante do emedebista e chegou a reclamar, em tom bem-humorado, que Melo causaria indigestão nas pessoas por estar em campanha no horário de almoço.
Ao longo da Rua dos Andradas, porém, o clima esquentou. A Praça da Alfândega é palco de intensas atividades de campanha e, ali, começaram as primeiras hostilidades: seja através de palavras de ordem, gritos de “Fora Melo” ou até mesmo xingamentos.
Militantes de esquerda e da campanha de Melo passaram a bater boca ao longo da caminhada. Um entregador passou de bicicleta fazendo gestos ofensivos contra o comboio e tentou, de forma enérgica e até violenta, se aproximar do prefeito — o que culminou em um princípio de confusão que quase terminou em vias de fato. O episódio encerrou o ato de campanha.
Correio do Povo
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