terça-feira, 29 de outubro de 2024

Rogério Mendelski é contratado e passa a assinar coluna no Correio do Povo

 Decano do jornalismo gaúcho retorna ao veículo por onde passou formalmente na década de 1980, e depois entre 2007 e 2019

Rogério Mendelski assina contrato de prestação de serviço ao Correio do Povo 

Rogério Mendelski, decano e um dos profissionais mais respeitados do jornalismo gaúcho e brasileiro, está de volta ao Correio do Povo. O jornalista, cuja trajetória se confunde com a comunicação no Rio Grande do Sul, passa a assinar uma coluna semanal sobre assuntos variados. O contrato de prestação de serviços foi assinado nesta segunda-feira, na sede do jornal, junto ao diretor-presidente do Correio do Povo, Marcelo Dantas. Sua primeira passagem pelo veículo foi em 1984, quando começou a assinar reportagens.

Como colunista, atuou no jornal entre 2007 e 2019, e atualmente, pode ser ouvido na Rádio Guaíba, onde comanda o programa Agora, de segunda a sexta-feira, das 6h às 9h. Mas segundo Mendelski, sua história com o Correio iniciou muito antes de sua contratação formal. “Eu tinha por volta de 12, 13 anos, e eu entregava o Correio do Povo e a Folha da Tarde, porque minha avó Julieta era agente da Caldas Júnior. Naquele tempo, o jornal chegava em pacotes pelo ônibus, e levávamos para a casa dela, que tinha uma pensão. De manhã, entregávamos assinaturas do o Correio do Povo e à tarde, a Folha da Tarde”, contou ele.


Na época, o jornalista conta que lia a respeito de conflitos internacionais, como as guerras na Coreia e Vietnã, nas páginas do veículo. Mais tarde, fez parte da primeira equipe de profissionais da TV Guaíba, atuando, por exemplo, no histórico debate entre Leonel Brizola e Pedro Simon ao governo do Estado, em 1980, período da abertura política no Brasil. Até hoje, o impressiona a tecnologia que fez o Correio do Povo e a Rádio Guaíba inovarem em transmissões, assim como, mais tarde, a chegada da Internet.

“Esta passagem do analógico para o digital era algo inimaginável em tempos passados. Em jogos de futebol, havia o telefoto, onde a foto era feita nos primeiros 15 minutos de partida e mandava para São Paulo via uma máquina. Uma fotografia demorava cinco minutos para enviar”, relembra. Experiente em grandes coberturas e nas transformações do jornalismo ao longo das décadas, Mendelski reflete também sobre a inteligência artificial, dizendo que “estamos diante do desconhecido e do inusitado”.

“De repente, nosso diretor pede para eu escrever um artigo sobre a influência do camelo na construção das pirâmides, e vou ali na IA, digito o comando e sai um artigo sobre aquilo. Não sei onde chegaremos, é algo misterioso. A inteligência artificial, através de algoritmos, formata uma ideia para você. Posso dizer que estamos um degrau acima do Google. É uma outra porta que se abre. É algo desconhecido. Se vier para nosso auxílio, tem que ser bem-vindo porque não há como rejeitar isto”, salienta.

Correio do Povo

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