sábado, 26 de outubro de 2024

Retomada do Aeroporto Salgado Filho traz alívio ao setor de transporte rodoviário de cargas

 Reabertura parcial do terminal aéreo de Porto Alegre permite volta da integração do sistema aéreo e rodoviário, otimizando prazos e reduzindo custos operacionais

Retomada das operações ocorreu na última segunda-feira 

O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, reiniciou suas operações após mais de cinco meses de inatividade, devido às enchentes que atingiram a região em maio. Além dos enormes transtornos causados com estradas interrompidas e desvios longos para que as cargas fossem transportadas, o fechamento temporário do aeroporto também impactou o segmento.

O retorno parcial das atividades no terminal permite que o fluxo de mercadorias, que depende da integração entre o modal aéreo e o rodoviário, seja restabelecido com maior eficiência, otimizando prazos e reduzindo custos operacionais.

“O Aeroporto Salgado Filho é um hub logístico essencial para o modal rodoviário e aéreo de cargas no Sul do Brasil. Com sua reabertura, conseguimos retomar rotas e prazos essenciais, garantindo a competitividade e o abastecimento dos negócios que dependem dessa conexão estratégica”, destaca Andressa Scapini, vice-presidente de Transporte Internacional do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no RS (SETCERGS).

Prejuízos e alívio na retomada

A ausência do Aeroporto Salgado Filho e as condições rodoviárias precárias resultaram em um isolamento logístico significativo para Porto Alegre.

“Como trabalhamos com um foco no transporte aéreo e logístico multimodal, sentimos fortemente o impacto. Tivemos de nos adaptar, utilizando o modal rodoviário como solução até Florianópolis para conseguir escoar as cargas. Isso aumentou nossos custos e prazos de entrega, mas mantivemos o atendimento sem interrupções. A falta de infraestrutura afetou não apenas nossa empresa, mas toda a economia local, comprometendo o transporte e a mobilidade de pessoas e mercadorias”, explica Thais Bandeira, diretora de Negócios na Kodex Express, empresa associada ao SETCERGS.

O prolongado fechamento prejudicou especialmente o transporte de volumes pequenos e emergenciais, que dependiam do modal aéreo, além de comprometer agendas comerciais que exigiam deslocamentos rápidos para reuniões e visitas presenciais.

Com a retomada, o primeiro voo comercial pousou às 8h03min, marcando o início das operações com uma pista reduzida de 1.730 metros. A normalização completa, incluindo voos internacionais, está prevista para 16 de dezembro.

“A expectativa era alta. Com o aumento dos prazos para envio via Florianópolis, sentimos uma grande demanda para voltar a operar o mais rápido possível. Realizamos reuniões com as companhias aéreas e fomos informados de que o aeroporto estaria funcionando com 75% da malha aérea, operando das 8h às 22h. Mesmo com essas limitações, conseguimos retomar as cargas mais urgentes já no início da semanaa, o que deixou nossos clientes muito satisfeitos. A cidade e a economia estão retomando seu ritmo, e esse retorno é essencial para melhorar a conectividade, não apenas no transporte de cargas, mas também para o turismo, que foi severamente impactado”, acrescentou Thaís.

Correio do Povo

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