domingo, 27 de outubro de 2024

Policial penal salva mulher e criança e atira em agressor após mais um ataque familiar em Novo Hamburgo

 Após semana violenta devido às ações de um atirador, final de semana iniciou com mais um ataque praticado por um homem contra a própria mãe e uma sobrinha

Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, enfrentou na manhã deste sábado mais um episódio de violência familiar. Após o recente caso em que um homem matou o pai, o irmão e dois policiais, além de ferir a mãe, a cunhada, outros brigadianos e um guarda municipal, outro ataque abalou a cidade. O novo incidente aconteceu entre 6h30min e 7h, em uma residência da rua Carlos Walter Jung, no bairro Santo Afonso, quando um homem de 36 anos atacou a mãe e uma sobrinha com uma faca de serra.

Conforme a delegada Marcela Ehler, que conduz as investigações, o agressor usou uma faca de serra e atacou a mãe, de 58 anos, e a sobrinha, uma criança que sofreu um corte na nuca. “Diante da situação, um vizinho que é da segurança pública (Policial Penal), interveio para salvar a senhora e a criança, disparou uma vez contra o agressor”, explicou a delegada.

Após ser baleado, o agressor foi levado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo em estado grave. O óbito foi registrado às 19h40, após passar por cirurgia. A mãe foi atendida na sala vermelha, e seu estado de saúde é estável. A criança foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento do bairro Canudos, onde foi estabilizada e ficou em observação.

Caso ocorre apenas três dias após ataque de atirador

O novo episódio de violência ocorre apenas três dias após o trágico ataque em que cinco pessoas morreram e outras oito ficaram feridas. A ocorrência começou ainda na noite de terça-feira. O relato dava conta que Eugênio Crippa ligou para o 190 informando que o filho o impedia de sair de casa e também o havia agredido.

Próximo às 22h40min, a primeira guarnição chegou ao local e entrou no imóvel, onde encontrou o idoso e a esposa, Cleris Krippa, de 70 anos. Também estavam ali um dos filhos do casal, Everton Krippa, e a companheira Priscila de Castro Martins, de 41.

Ali, o soldado Everton Kirsch Júnior morreu após ser atingido por um disparo na cabeça. O pai do atirador também foi morto no local. Na sequência, o suspeito teria alvejado o irmão, que estava caído na calçada, e depois retornado para o interior do imóvel.

A ocorrência foi encerrada por volta das 8h30min de quarta-feira, quando um terceiro drone adentrou na casa e localizou o corpo do suspeito. Ele morreu após ter sido alvejado durante o tiroteio.

De acordo com a Polícia Civil, o atirador e o pai sofriam de esquizofrenia. O suspeito somava quatro internações psiquiátricas e, apesar disso, ainda mantinha ativo o registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Ele também havia completado diversos cursos de atirador, conforme a irmã dele informou aos policiais.


Correio do Povo

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