Com oito gol no total, a partida teve talento e eficiência dos atacantes, além de falhas coletivas das defesas
O Juventude é o 14º colocado com 34 pontos e segue ameaçado pelo rebaixamentoUm dos melhores jogadores que o Brasil produziu depois de Neymar, Estêvão seguiu seu roteiro de atuações brilhantes e foi decisivo para a vitória do Palmeiras sobre o Juventude em ótimo jogo no Sul. O garoto de 17 anos fez um gol, deu assistência para outro e construiu parceria brilhante com Raphael Veiga, o grande protagonista da noite, com três gols no triunfo por 5 a 3 fora de casa, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul na noite deste domingo.
Richard Ríos foi o outro palmeirense a marcar. A 18ª vitória do Palmeiras no Brasileirão, combinada ao tropeço do Botafogo na última sexta-feira, deixa o vice-líder a um ponto do rival carioca, que lidera o torneio com 61 pontos. Melhor ataque da competição, o time de Abel Ferreira aprimorou seu poder ofensivo, fez cinco gols em um duelo só pela terceira vez no campeonato e pressiona o Botafogo, que pode ver o cenário de 2023 se repetir. O Juventude é o 14º colocado, com 34 pontos. Segue ameaçado pelo rebaixamento.
Não se arrependeu quem foi ao Alfredo Jaconi assistir a Juventude x Palmeiras. O clima era frio, mas o jogo foi quente desde o começo graças ao talento e eficiência dos atacantes, além de falhas coletivas das defesas. Resultado: oito gols e uma das melhores partidas da competição.
Forte em sua casa, o Juventude, que costuma tirar ponto dos líderes e de quem briga em cima, foi dominado no primeiro tempo. De volta aos titulares, Estêvão comandou as ações ofensivas dos paulistas. Toda as jogadas de perigo passaram pelos pés do garoto, com liberdade para se movimentar, mas posicionado na ponta esquerda.
O atacante de 17 anos sofreu um pênalti não marcado, exigiu boas defesas de Gabriel, fez um gol e deu assistência para outro. Ele foi às redes após linda assistência por elevação de Felipe Anderson, que perdeu gol impressionante minutos depois. Mesmo dominado, o time gaúcho foi agressivo em sua casa e chegou ao empate pelo alto, a partir de escanteio batido da direita que chegou nos pés de Danilo Boza após casquinha na primeira trave.
Só que Estêvão e Raphael Veiga estavam em noite feliz. O jovem, de novo na lado esquerdo, avançou em contra-ataque e serviu o meio-campista, que acertou um chute forte, seco, para recolocar os visitantes em vantagem. O segundo tempo foi ainda mais movimentado que o primeiro, tanto que até os 20 minutos já haviam saído mais quatro gols.
O primeiro deles foi marcado pelo volante Ronaldo, que aproveitou uma sucessão de falhas coletivas da zaga palmeirense. O jeito para o Palmeiras foi Veiga reaparecer para decidir. Foi dele o terceiro gol, anotado como um camisa 9, concluindo para as redes chute rasteiro de Ríos. Ríos também foi personagem importante na frenética partida no Sul. Depois de assistir Veiga, o colombiano fez o dele de falta, valendo-se do desvio na barreira.
Eram 17 minutos e havia, com 4 a 2 no placar, a sinalização de que o Palmeiras conseguiria segurar com tranquilidade a vantagem construída. No entanto, o insistente Juventude se recolocou no jogo com o terceiro gol, uma pintura de Edson Carioca, que deu uma caneta em Mayke e concluiu forte, no ângulo de Weverton.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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