sábado, 26 de outubro de 2024

Israel lança “ataques de precisão” e Irã suspende voos em todo o país

 Supostos alvos militares foram atingidos nas proximidades de Teerã

Teerã amanheceu sob som de explosões 

Israel anunciou na madrugada deste sábado que realizava "ataques de precisão" contra alvos militares no Irã, em resposta ao lançamento de mísseis contra o seu território. O comunicado do Exército foi divulgado pouco depois que uma série de explosões serem ouvidas nos arredores da capital iraniana a partir das 2h15 locais, segundo veículos estatais e jornalistas.

A TV estatal iraniana informou que foram ouvidas ao menos seis explosões na capital, atribuídas por fontes da segurança "à atividade do sistema de defesa aérea". Horas depois, jornalistas da AFP ouviram novas explosões na capital iraniana, acompanhadas de rastros de luz.

O Exército israelense informou que, "em resposta a meses de ataques contínuos do regime do Irã", suas forças realizavam "ataques de precisão contra alvos militares" no país. O "Estado de Israel tem o direito e o dever de responder. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão plenamente mobilizadas."

O Irã suspendeu neste sábado todos os voos até nova ordem. "Os voos de todas as rotas foram cancelados", informou a Organização de Aviação Civil, segundo a agência de notícias oficial Irna.

Há semanas aguardava-se uma resposta de Israel ao ataque de 1º de outubro do Irã, que lançou cerca de 200 projéteis contra seu território, incluindo vários mísseis hipersônicos pela primeira vez.

A ação israelense contra o Irã é "autodefesa", reagiu a Casa Branca, principal apoio diplomático e militar de Israel. Segundo um funcionário da Defesa, os Estados Unidos foram informados com antecedência sobre os ataques.

Na Síria, aliada do Irã, a agência de notícias oficial Sana informou que a defesa aérea do país havia interceptado "alvos hostis" nos arredores de Damasco, onde também foram ouvidas explosões. Devido ao que chamaram de "tensão regional", autoridades do Iraque anunciaram a suspensão do tráfego aéreo no país até nova ordem.

Correio do Povo

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